Projeto: Inclusão: "Um novo olhar sobre a aprendizagem"

Projeto Inclusão

Inclusão: Um novo olhar sobre a aprendizagem
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Projeto: Relacionamento Interpessoal e a Aprendizagem

Projeto Relacionamento Interpessoal e Aprendizagem
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Relacionamento Interpessoal e Aprendizagem

Fatores que interferem no processo de ensino-aprendizagem

Um novo olhar sobre a aprendizagem


Ângela Becker



Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão a respeito dos fatores que influenciam direta e indiretamente no processo de ensino-aprendizagem, bem como a responsabilidade dos profissionais da educação e da família diante desse processo.

Palavras chave: aprendizagem, interação, superação

1 Introdução
As grandes transformações ocorridas nos últimos anos na sociedade envolvendo os aspectos culturais, econômicos e políticos vem provocando relevantes alterações nas relações pessoais e interpessoais no ambiente familiar e escolar. É necessário oferecer aos nossos alunos a oportunidade de conhecimento de si e dos outros, por meio de reflexões e práticas que venham a contribuir para a boa convivência, favorecendo assim a aprendizagem.
De acordo com Zabala (1998), para que o aluno aprenda deve haver um clima e um ambiente adequados, constituídos por relações em que predominem a aceitação, a confiança , o respeito e a sinceridade.
Nesse intuito é necessário promover um ambiente que favoreça a participação e a relação entre os professores e os alunos e os alunos entre si. Certamente são muitos os desafios para a educação na atualidade, portanto é necessário além da busca de alternativas para superação das dificuldades de aprendizagem, que estão presentes em sala de aula, o repensar das práticas pedagógica dentro das instituições e o resgate do papel da família dentro desse processo.

2 Desenvolvimento
Os novos rumos da sociedade exigem do educador novas posturas, o retomar constante de sua prática pedagógica e um olhar amoroso diante das dificuldades do educando. Sabemos que muitas vezes o panorama educacional brasileiro é desolador, que as circunstâncias são adversas, mas não podemos esquecer o verdadeiro significado de educar.
Embora muitos sejam os aspectos que determinem o sucesso ou o fracasso na aprendizagem, o professor é o grande responsável e não pode se isentar de sua responsabilidade. Muitas vezes a ação docente termina por reproduzir a exclusão, pois é planejada para um padrão de aluno ideal e quem não se encaixa termina por ficar à margem. O professor deve estar atento, buscando descobrir o porquê o aluno não aprende e quando necessário rever sua metodologia de ensino.
Outro aspecto importante é o profissional conhecer a realidade onde atua, relacionando o conteúdo com as vivências do aluno e com a realidade atual tornando-o significativo.
De acordo com Libâneo (1994), o trabalho docente deve ter como referência a prática social, isto é, a realidade social, política, econômica e cultural da qual tanto o professor como os alunos são parte integrante.
Na instituição escolar são muitas as crenças e os conceitos que fazem a separação de professores e alunos no processo de ensino, dificultando a aprendizagem. É necessário repensar essa relação e perceber o aluno como um ser social, inserido em um mundo em constante transformação. Em geral o conteúdo é relacionado ao passado impedindo a construção significativa do aluno em relação a sua identidade pessoal e coletiva. Apenas raramente o conteúdo é relacionado à atualidade, nem sempre levando o aluno a uma reflexão crítica sobre a realidade.
A família deve ser parte integrante desse processo e deve ser envolvida nas atividades escolares. Muitas são as contribuições dos pais ou responsáveis pelo aluno no processo de ensino-aprendizagem: acompanhamento da vida escolar do aluno, organização de um ambiente organizado para a realização das atividades em casa, estabelecimento de horários fixos de estudos, mas acima de tudo na valorização do trabalho pedagógico da escola diante do aluno.
A escola deve ter um espaço aberto a participação das famílias que não deve ser chamada apenas para ajudar a solucionar os problemas que surgem em relação a aprendizagem ou disciplina.
A valorização da participação da família na escola através da participação nos projetos e tomada de decisões fará com que esse vínculo se crie e que essa se sinta responsável junto com os profissionais pelo sucesso ou o fracasso na aprendizagem.
Conforme Libâneo (1994), o ambiente escolar pode suscitar o amor pela escola, a dedicação aos estudos, com reflexos sensíveis no aproveitamento escolar dos alunos.
Nesse contexto a escola deve ser um ambiente acolhedor, onde todos se sintam comprometidos e valorizados.

Considerações finais
A busca pela superação do fracasso escolar é certamente a grande preocupação dos profissionais da educação na atualidade.
É necessário aos educadores além de referencial teórico, promover um conjunto de ações que possibilitem trabalhar o aluno como um sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, investigando e trabalhando as dificuldades de aprendizagem, estabelecendo novas relações na busca do conhecimento.
Acredito ser fundamental uma reflexão profunda sobre as questões apresentadas nesse artigo e um novo olhar para as questões que envolvem os problemas de aprendizagem. É necessário um trabalho sério e integrado entre todos, onde profissionais da educação e família busquem juntos alternativas para a solução dos problemas.

Referências Bibliográficas

-LIBÂNEO, José Carlos, Didática. Coleção Magistério, 2° Grau. Série Formação do professor. São Paulo: Cortez, 1994;

-ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Trad. Ernani F. da Rosa. Porto Alegre: ArtMed, 1998;

Análise do filme Mr Holland - Adorável Professor


Mr. Holland - Adorável Professor
Um homem que quer compor uma sinfonia trabalha como professor para sustentar a família. Ao descobrir que seu filho nascera surdo, sofre e decide organizar um concerto para deficientes auditivos.

Resenha do filme Mr Holland Mr Holland - Adorável Professor

Este trabalho é uma análise do filme Mr Holland - Adorável Professor, relacionando com princípios pedagógicos de alguns autores, buscando ressaltar a importância do papel do educador frente às novas realidades.
Os novos rumos da sociedade exigem do educador novas posturas, o retomar constante de sua prática pedagógica e um olhar amoroso diante das dificuldades do educando. O personagem durante sua trajetória enfrenta os desafios no qual passam grande parte dos educadores e demonstra que é possível, mesmo diante das adversidades do dia-a-dia desenvolver um trabalho comprometido, preparando seus alunos para o pleno exercício da cidadania.


O cotidiano da sala de aula: Implicações metodológicas


1) Quando Gramsci destaca: “Todos os homens são intelectuais” mas, em se tratando do professor, pelo que imprime o caráter da profissão, esta dimensão terá de ir além, tornando-o não só intelectual, mas intelectual transformador. E como tal sua ação será a de intervir no processo educacional, provocando o surgimento de uma sociedade para novos tempos.
Esta mensagem aparece clara no filme no momento que o professor inicia sua jornada desmotivado, sem clareza de qual seria seu real papel dentro da educação, sem objetivos definidos para o seu trabalho e sem o prazer no ato de ensinar. Mr, Holland deparasse com o desafio de uma turma apática, igualmente desmotivada e com uma instituição extremamente tradicional. Nosso personagem, não só muda sua postura pedagógica, como também contribui para o crescimento do trabalho pedagógico da escola.
A educação atual deve acompanhar as mudanças da sociedade, exigindo do educador uma nova postura frente ao trabalho, não é uma tarefa fácil, porém gratificante enriquecendo-o pessoal e profissionalmente.

2) Barbosa (1997) afirma que: A procura obsessiva pelas certezas a que o educador foi submetido durante séculos, alimentada pelo cartesianismo, pela ciência clássica e pela mentalidade tecnológica, realmente está chegando ao fim.
No filme o professor ao conhecer a realidade de sua turma, vivendo o cotidiano da sala de aula, percebe que não está atingindo seus objetivos e muda sua metodologia. Assim, dá abertura ao diálogo, investigando o gosto musical de seus alunos, partindo da realidade dos mesmos, o ambiente da sala de aula torna-se prazeroso tanto para ele quanto para a turma.
É necessário que o educador abandone seus princípio e práticas tidas como certas, dando espaço a outras que mais desafiem a educação contemporânea.

3) De acordo com Perrenoid (1999): “O educador, hoje, mais preocupado em desenvolver competências que habilidades, centra sua atuação na pedagogia das diferenças”.
No filme a questão das diferenças aparece de forma mais marcante na dolorosa experiência do personagem que se depara com a chegada do filho Cole, que possui deficiência auditiva. Mr Holland, de forma inconsciente, da questão da limitação de seu filho, refugiando-se em seu trabalho de educador, surgem os conflitos com a esposa, com o filho e consigo mesmo.
Aos poucos o papel de pai é assumido de forma plena ao encarar essa realidade, percebe que o filho possui imensas riquezas a serem exploradas, consciente de sua função como pai e educador auxilia no seu crescimento como indivíduo.
Como educador passa a trabalhar com alunos surdos, o que lhe enriquece mais como profissional. Certamente a questão da inclusão é um dos maiores desafios da educação atual, exigindo das famílias e educadores uma nova atitude frente às diferenças.

4) De acordo com Demo (1991 e 1998): A aprendizagem construtiva é aquela marcada pela relação de sujeitos e que tem como fulcro principal o desafio de aprender, mais que ensinar, com a presença do professor como mediador do processo.
Mr Holland procura conhecer a realidade de seus alunos, despertar seus interesses através de atividades diversas, percebendo cada aluno como um ser único. Seu trabalho incluía a construção de valores, trabalhando o coletivo onde o saber era compartilhado e as vitórias individuais comemoradas pelo grupo.

5) Conforme Freire (1997), em sua pequena grande obra Pedagogia da Autonomia, o educador encontra sua identidade pessoal e profissional, oferecendo através desta, a verdadeira dimensão da complexidade desse ato, que vale a pena serem estudados e vivenciados no cotidiano de sala de aula.
Mr Holland trilhou sua trajetória de educador enfrentando desafios, tanto em relação às dificuldades da escola e com os alunos, quanto de caráter interno. O personagem contribui para o enriquecimento do grupo de professores e alunos, trabalhando de forma interdisciplinar, desenvolvendo projetos coletivos, crescendo como pessoa e como profissional. Eis o grande desafio do educador: preparar seus alunos para a vida, formar indivíduos capazes de agir e transformar a realidade em que vivem.


A investigação no contexto da sala de aula: Falando Educador e Educando.

1) Conforme Romão (2001, pg 93): A partir do erro na prática escolar, desenvolveu-se e reforça-se no educando uma compreensão culposa da vida. A concepção do erro trai uma visão de mundo autoritária. Os padrões geram um verdadeiro arsenal de punições, cujo efeito maléfico é o desgaste da vontade de aprender, da motivação e, no limite, o assassinato da auto-estima do avaliado.
Esta mensagem aparece clara na cena do personagem da aluna, que não consegue tocar flauta, pedindo aulas extras, fora do horário. É uma aluna esforçada, mas com muitas dificuldades e um sério problema de baixa auto-estima. A personagem se sente culpada por não alcançar os objetivos, compara-se com os membros de sua família, onde cada um tem um talento e quer desistir da aprendizagem. Entra aí a importância do professor que retoma sua prática, buscando outras alternativas para ensinar o uso do instrumento musical, reforçando que a aluna tem condições e vibrando com as conquistas da mesma.
A avaliação além de um instrumento de verificação da aprendizagem do aluno deve ter como grande objetivo para o educador a revisão de sua prática pedagógica, permitindo ao mesmo uma constante auto-avaliação.

2) Hofmann (1993) faz o seguinte questionamento: Porque o aluno não aprende? Talvez seja a partir desta pergunta que devemos iniciar a busca pelo sucesso escolar. Quem sabe ele não esteja, justamente na reflexão e na compreensão de como o educando aprende. Determinadas práticas escolares que insistem em permanecer no universo educacional – práticas arcaicas, tradicionais e excludentes – devem ser motivo de uma análise rigorosa por parte de todo o educador ou profissional da educação.
Mr Holland iniciou seu trabalho desmotivado com sua tarefa de educador, mas teve sensibilidade para perceber que seus métodos não atingiam seus alunos, que o currículo desenvolvido na escola a anos não atendia as necessidades dessa clientela.
Nosso personagem com o sucesso de suas aulas contagia seus colegas, mudando totalmente o rumo da educação naquela instituição educacional, que insistia em métodos tradicionais e excludentes.Fica claro na mensagem do filme que ainda é possível transformar o ambiente escolar em um lugar agradável e rico, onde educador e educando cresçam com essa convivência .

3) Conforme Piaget a aprendizagem, na Teoria do Conhecimento, se dá através do equilíbrio - estabilidade provisória e do desequilíbrio – avanço do funcionamento intelectual. Na visão de Piaget, aprender não consiste somente em incorporar informações já construídas, e sim, redescobri-las e reinventá-las, através da própria atividade do sujeito. Professor Holland foi muito além do mero transmissor de conhecimentos, tornou o ambiente de sala de aula um lugar acolhedor onde juntos aluno e professor redescobriam o conhecimento através de atividades envolventes e enriquecedoras. Através de situações problemáticas, questionamentos e a revisão constante de sua metodologia. Mr Holland foi o ponto de partida para a inovação das práticas pedagógicas na instituição na qual trabalhava.

4) De acordo com Gandin, a função da escola e do professor, precisa ser reavaliada e reformulada. Essa mudança de postura e mentalidade deve apontar para o caminho da solidariedade e humanização do ensino e da avaliação, de forma competente e com ação responsável e afetiva dos educadores. No filme essa mensagem aparece constantemente na prática pedagógica do professor, que através dos resultados de suas provas, do baixo rendimento de sua turma, buscou novos caminhos, transformando suas aulas em uma verdadeira lição de vida pra todos.


5) Conforme Vasconcelos (1998) a escola deveria estar ligada à vida, preparando os educandos para ela e não somente para o vestibular – concurso, competitividade, seleção. A realidade que envolve a avaliação, infelizmente persiste na classificação e, conseqüentemente, na exclusão. Essa visão do autor aparece clara na figura do professor Holland que um transmissor de conhecimentos passou a ser uma referência para seus alunos e seus colegas. O personagem reflete sobre sua real função de educador, comprometendo-se com a transformação de sua prática pedagógica e questiona a validade dos antigos métodos praticados por seus colegas. Nessa sua trajetória profissional, Mr Holland acaba por tornar-se um profissional comprometido e consciente da importância de seu papel dentro do contexto da educação.

Conclusão:

Há muitos caminhos para o desenvolvimento do ensino na atualidade, nem sempre nós educadores contribuímos para o desenvolvimento das potencialidades dos educandos.
Mr Holland, através de um verdadeiro exemplo de vida, demonstra ser possível, mesmo diante de uma realidade desfavorável de uma instituição tradicional e alunos desmotivados, desenvolver um trabalho rico e transformador. O personagem teve de enfrentar seus próprios medos, aprender a ensinar, perceber suas possibilidades como educador e desenvolver as potencialidades de seus alunos.
Através desse filme, no papel desse educador, percebemos que é possível transformar a realidade e preparar os alunos para vida, construindo um novo homem.
Angela Becker



Televisão: O papel da família frente ao meio de comunicação da televisão

O papel da família frente a televisão, filhos

O papel da família


Além do papel do educador, que enfrenta o desafio de despertar o olhar crítico do aluno frente ao meio de comunicação da televisão, existe o papel fundamental da família. É dentro de sua casa que a criança ou adolescente convive maior tempo com a televisão, pais e escola devem caminhar juntos diante dessa tarefa tão difícil que é uma correta utilização desse meio.
A violência, a sexualidade, os esteriótipos de raça e gênero e o abuso de drogas e álcool são temas comuns nos programas televisivos. Crianças e jovens impressionáveis podem assumir que aquilo que se vê na televisão é normal, seguro e aceitável. Por conseqüência a televisão expõe as crianças a tipos de comportamentos e atitudes que podem ser difíceis de serem compreendidos, analisados, elaborados e filtrados.
Os pais podem ajudar seus filhos a terem experiências mais positivas com a televisão, pois podem:
-assistir aos programas com os filhos, aproveitando ocasiões propícias para discutir o conteúdo do que é visto, bem como daquilo que é veiculado em comerciais;
-escolher os programas adequados para o nível de desenvolvimento da criança;
-limitar o tempo que é passado frente à televisão;
-desligar a televisão quando os programas parecerem inadequados a seus filhos;
-estabelecer que o horário de estudo é para ser dedicado a aprendizagem, não permitindo a realização de tarefas escolares com a televisão ligada;
-a hora da refeição deve ser um momento de conversa entre os familiares, que muitas vezes tem pouquíssimas ocasiões para se encontrar, evitando assistir refeição nesse momento.

Com uma orientação apropriada seus filhos podem aprender a usar a televisão de uma maneira saudável e positiva:
-evidenciar comportamentos positivos como a cooperação, a amizade e o interesse pelos outros;
-fazer conexões com a histórias, livros, lugares de interesses e eventos pessoais;
-conversar com eles sobre seus valores pessoais e familiares e como se relacionam com o que está sendo visto no programa, comparando o que estão vendo com eventos reais;
-deixe-os saber as verdadeiras conseqüências da violência;
-discutir sobre o papel da publicidade e sua influência no que se compra.

Escola e família devem trabalhar juntas também nesse contexto. Não cabe somente à escola trabalhar os efeitos negativos do excesso de exposição das crianças frente à televisão.
Angela Becker

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