Pais Brilhantes- Augusto Cury


Pais Brilhantes


- Chore com seus filhos e abrace-os. Isso é mais importante do que dar-lhes fortunas ou fazer-lhes montanhas de críticas.
- Não forme heróis, mas seres humanos que conheçam seus limites e sua força.
- Faça de cada lágrima uma oportunidade de crescimento.
- Estimule seu filho a ter metas.
- Lembre-se: conversar é falar sobre o mundo que nos cerca.
- Dialogar é falar sobre o mundo que somos.
- Abraçar, beijar, falar espontaneamente.
- Contar histórias.
- Semear idéias.
- Dizer não sem medo.
- Não ceder a chantagem.
- Para educar é necessário paciência.

Augusto Cury

Mensagem: A Lição Da Borboleta


A LIÇÃO DA BORBOLETA

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou orestante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo. Nada aconteceu!Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria como a borboleta. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar...
Que a vida seja um eterno desafio, pois só assim voar será realmente possível.

(autor desconhecido)

Mensagem Para Reunião de Pais


FILHOS SÃO COMO NAVIOS

Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.
Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.
Dependendo do que a força da natureza reserva para ele, poderá ter de desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.
Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.
E haverá muita gente no porto, feliz à sua espera.
Assim são os FILHOS.
Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.
Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto dos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr os próprios riscos e viver as próprias aventuras.
Certos de que levarão os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola – mas a principal provisão, além da material, estará no interior de cada um:
A CAPACIDADE DE SER FELIZ.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.
O lugar mais seguro em que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.
Os pais também pensam ser o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar adentro e encontrar o próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, esse porto para outros seres.
Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que, na bagagem, eles devem levar VALORES herdados, como HUMILDADE, HUMANIDADE, HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.
Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.
A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL E NA CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.
Os pais não devem seguir os passos dos filhos. e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.
Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partir para as próprias conquistas e aventuras.
Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que
“QUEM AMA EDUCA”.
“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS”
(Içami Tiba)

Documentário: Para lá e para cá?"


Documentário: Para lá e para cá?"
Uma Reflexão Sobre as Questões de Gênero na Escola
Sugestão Para Hora de Estudos


O vídeo-documentário “Para lá e para cá?”, da jornalista Luiza Almeida Rosa,discute as questões de gênero em uma conversa com crianças, adolescentes e especialistas de várias áreas. O vídeo aborda importantes conceitos, dúvidas e opiniões, esclarecendo que as diferenças de gênero não são apenas nos aspectos que envolvem a anatomia feminina e masculina, mas estão ligadas ao comportamento esperado socialmente de cada sexo.
O documentário questiona: E se você fosse menino (a) por um dia? O que você faria? No trabalho com os conceitos relacionados ao tema, os especialistas mostram o “trânsito permanente” que existe na vivência dos dois sexos, discutindo também as relações de poder entre eles.
O espaço escolar possibilita uma importante reflexão sobre o gênero no contexto da educação, principalmente no Curso Normal. O curso é formado quase que na sua totalidade por mulheres, tanto no quadro de alunos quanto no de professores. Os poucos alunos do sexo masculino, muitas vezes, são questionados em sua orientação sexual.
De acordo com Flúvia Rosemberg (1992), a instalação do discurso amoroso no campo pedagógico pode estar ligada à ideologia que acabou por atribuir à mulher as características necessárias à profissão de educador, como a sensibilidade, compreensão e afetividade.
Acredito que o espaço escolar, principalmente os cursos de formação de professores, precisam avançar na visão dessa questão, pois, do contrário, estaremos fortalecendo a idéia de que a escola é uma extensão do lar, que a professora é a segunda mãe ou tia. A escola é o espaço ideal para reflexão sobre esses aspectos culturais fortemente enraizados em nossa sociedade.
É necessário que a escola sirva para ampliar o universo cultural de seus alunos e que nela se pratique democracia e cidadania, tomando contato, além de conhecimentos de todas as áreas, com a construção de valores. A efetiva inclusão da criança e do adolescente significa respeitar as diferenças também de gênero e de orientação sexual, dentre outras.
É fundamental que a escola e os educadores tenham conhecimento no sentido de construir dinâmicas que garantam o acesso e a permanência dos alunos, em especial, daqueles que apresentam modos de ser e viver o gênero e a sexualidade que não constituem a expectativa geral da sociedade e da própria escola. Assim, não podemos como educadores contribuir para aumentar o preconceito e conseqüentemente a exclusão. Dessa forma, a escola deve ser um lugar de acolhida, respeito, compreensão e, também, um lugar de aprendizado.
O trabalho com esse documentário é rico em reflexões e, entre as conclusões, fica a convicção do dever de acolher e respeitar as diferenças em sala de aula, e que, independente da orientação sexual de cada pessoa, o que realmente importa é que cada um seja feliz e tenha uma vida plena.

Angela Becker

A Educação e A Supervisão Escolar- Uma Reflexão


A EDUCAÇÃO E A SUPERVISÃO ESCOLAR

As grandes transformações ocorridas nos últimos anos na sociedade envolvendo os aspectos culturais, econômicos e políticos vem provocando relevantes alterações nas relações pessoais e interpessoais no ambiente familiar e escolar. É necessário oferecer aos nossos alunos a oportunidade de conhecimento de si e dos outros, por meio de reflexões e práticas que venham a contribuir para a boa convivência, favorecendo assim a aprendizagem.
De acordo com Zabala (1998), para que o aluno aprenda deve haver um clima e um ambiente adequados, constituídos por relações em que predominem a aceitação, a confiança , o respeito e a sinceridade.
Nesse intuito é necessário promover um ambiente que favoreça a participação e a relação entre os professores e os alunos e os alunos entre si. Certamente são muitos os desafios para a educação na atualidade, portanto é necessário além da busca de alternativas para superação das dificuldades de aprendizagem, que estão presentes em sala de aula, o repensar das práticas pedagógicas dentro das instituições e o resgate do papel da família dentro desse processo.
A realidade atual exige do educador novas posturas, entre elas, o retomar constante de sua prática pedagógica e um olhar amoroso diante das dificuldades do educando. Sabemos que muitas vezes o panorama educacional brasileiro é desolador, que as circunstâncias são adversas, mas não podemos esquecer o verdadeiro significado de educar.
Embora muitos sejam os aspectos que determinem o sucesso ou o fracasso na aprendizagem, o professor é o grande responsável e não pode se isentar de sua responsabilidade. Muitas vezes a ação docente termina por reproduzir a exclusão, pois é planejada para um padrão de aluno ideal e quem não se encaixa termina por ficar à margem. O professor deve estar atento, buscando descobrir o porquê o aluno não aprende e quando necessário rever sua metodologia de ensino.
Outro aspecto importante é o profissional conhecer a realidade onde atua, relacionando o conteúdo com as vivências do aluno e com a realidade atual tornando-o significativo. De acordo com Libâneo (1994), o trabalho docente deve ter como referência a prática social, isto é, a realidade social, política, econômica e cultural da qual tanto o professor como os alunos são parte integrante:

A prática educativa não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover os indivíduos de conhecimentos e experiências culturais que os tornem aptos a atuar no meio social e transforma-lo. (p.17)

Na instituição escolar são muitas as crenças e os conceitos que impedem a integração entre professores e alunos no processo de ensino, dificultando a aprendizagem. É necessário repensar essa relação e perceber o aluno como um ser social, inserido em um mundo em constante transformação. Em geral o conteúdo é relacionado ao passado impedindo a construção significativa do aluno em relação a sua identidade pessoal e coletiva. Apenas raramente o conteúdo é relacionado à atualidade, nem sempre levando o aluno a uma reflexão crítica sobre a realidade.
A família deve ser parte integrante desse processo e deve ser envolvida nas atividades escolares. Muitas são as contribuições dos pais ou responsáveis pelo aluno no processo de ensino-aprendizagem: acompanhamento da vida escolar do aluno, organização de um ambiente organizado para a realização das atividades em casa, estabelecimento de horários fixos de estudos, mas acima de tudo na valorização do trabalho pedagógico da escola diante do aluno.
A escola deve ter um espaço aberto a participação das famílias que não deve ser chamada apenas para ajudar a solucionar os problemas que surgem em relação a aprendizagem ou disciplina.
A valorização da participação da família na escola através da participação nos projetos e tomada de decisões fará com que esse vínculo se crie e que essa se sinta responsável junto com os profissionais pelo sucesso ou o fracasso na aprendizagem.
Conforme Libâneo (1994), o ambiente escolar pode suscitar o amor pela escola, a dedicação aos estudos, com reflexos sensíveis no aproveitamento escolar dos alunos.
Nesse contexto a escola deve ser um ambiente acolhedor, onde todos se sintam comprometidos e valorizados. A busca pela superação do fracasso escolar é certamente a grande preocupação dos profissionais da educação na atualidade.
É necessário aos educadores além de referencial teórico, promover um conjunto de ações que possibilitem trabalhar o aluno como um sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, investigando e trabalhando as dificuldades de aprendizagem, estabelecendo novas relações na busca do conhecimento.
Nesse contexto surge a necessidade da presença de um profissional preparado para enfrentar esses desafios junto ao corpo docente e demais segmentos da comunidade: o supervisor escolar.
A supervisão tem um papel político-pedagógico e de liderança no espaço escolar. Atualmente se busca a construção de uma nova identidade supervisora, que atenda às demandas de um momento histórico que busca novas significações e novos desafios se inserem no cotidiano das instituições de ensino. Esse profissional tem que se (re) construir; na sua identidade, auto-conhecimento, função social e profissional.
A história nos mostra que a supervisão escolar no Brasil envolve cinco momentos. O primeiro momento, voltado para o ensino primário; o segundo, influência da primeira fase da Revolução Industrial; terceiro, treinamento e orientação da educação e do ensino; quarto, questionamento do papel do supervisor; quinto, reflexão da função da escola a partir das tendências sociais.
No primeiro momento a supervisão envolvia-se exclusivamente com o ensino primário e tinha como função fiscalizar o prédio escolar e controlar a freqüência de professores e alunos. Assim como era fiscalizador, o profissional era supervisionado, pois o CPOE (Centro de Pesquisas e Orientação Educacionais), órgão máximo no Rio Grande do Sul, que planejava e controlava o trabalho desses profissionais, que através de treinamentos ofereciam informações para as Delegacias de Educação. Conforme Medina (1995):

A característica dessa etapa é determinar, linear e doutrinariamente, quais os procedimentos que deve ter um supervisor, denominado, à época, coordenador pedagógico, no exercício da função de controlar e acompanhar o trabalho do professor. (p.41)

O segundo momento surge com o aumento da população e conseqüentemente o aumento de alunos nas escolas, especialmente na zona urbana. Com a Revolução Industrial, as fábricas criaram o cargo de supervisão para controlar o comportamento e o desempenho de seus operários e quando se estendeu para a escola, continuou com essa visão de controle.
Com o aumento da oferta de ensino, também na zona rural, que gerou uma grande necessidade de professores, surgiram pessoas sem preparo específico para a função de educadores. Buscando solucionar o problema da falta de preparo dos professores, surgiram cursos obrigatórios de atualização. Nesse período começaram a surgir as primeiras bibliografias a respeito da supervisão escolar no Brasil.
No terceiro momento a supervisão passa por uma revolução, combinando treinamento e orientação, passa a ter como objetivo auxiliar todos os envolvidos no processo de educação e ensino. A supervisão sofre a forte influência das teorias administrativas e organizacionais. Nesse período o Ministério da Educação e os Conselhos de Educação Federal e Estaduais começam a determinar os currículos escolares, traçando as diretrizes à serem seguidas pelas mantenedoras públicas e particulares.
Esse período é marcado por uma forte produção literária sobre a supervisão. Conforme Medina (1995):

Essa literatura revela o fortalecimento das idéias sobre a supervisão que ainda hoje são proclamadas pelos supervisores, quando se referem ao desenvolvimento de sua ação. Eram idéias que diziam respeito a atitudes, esforços, comportamentos que deveriam estar presentes na ação dos supervisores para que, por intermédio dos professores, os objetivos das escolas se tornassem atingíveis. (p.44)

De acordo com a autora o supervisor não perde o vínculo com o poder administrativo da escola, mas nesse momento além de ser responsável por assegurar o sucesso da ação docente deve também controlá-los.
Embora até os dias de hoje a escola sofra a influência dessas teorias, acredito que deva ultrapassar os padrões da racionalidade e objetividade, investindo na dimensão humana. o que certamente é o maior desafio a ser vencido.
No final da década de setenta e início da década de oitenta, nosso país passa por um período de maior abertura política e a sociedade brasileira começa a ser questionada. Nesse quarto momento a escola, sofrendo a influência dos trabalhos de autores nacionais como Freire, Saviani, Cunha, Chauí, entre outros, passa a ser questionada a respeito do seu papel na sociedade global. A escola passa a ser questionada na sua totalidade, incluindo a ação dos especialistas, em especial o supervisor.
Nesse contexto foram realizados fóruns sobre a educação e em especial, nos encontros nacionais e estaduais dos supervisores foram realizados questionamentos sobre a instituição escolar e sobre as dificuldades na ação supervisora.
Conforme Medina (1995), nesse período, alguns professores começaram a expor seus pontos de vista e sentimentos em relação ao trabalho do supervisor, que era visto como um agente que impedia o trabalho docente.
Diante desse contexto, muitos supervisores refugiaram-se nas atividades burocráticas, trabalhando junto à secretaria e à direção da escola, envolvendo-se na organização de conselhos de classe e reuniões, o que serviu para aumentar o distanciamento entre o supervisor e o grupo de professores.
Esse momento é marcado pelo avanço de pesquisas que apontavam para a necessidade de transformação na sociedade, a escola é vista como uma instituição que não atende às diferentes classes sociais, dá-se início a um quinto momento.
No final dos anos oitenta e início dos anos noventa percebe-se a necessidade da pedagogia aproximar-se da prática social. O supervisor passa a ter uma contribuição importante junto ao processo de ensino-aprendizagem, trabalhando como parceiro no trabalho docente e a escola passa a ser vista como um local onde todos aprendem e ensinam.
Temos na supervisão uma grande responsabilidade na coordenação do processo de ensino-aprendizagem, que juntamente com o restante da equipe deve ter maturidade, sensibilidade, um bom referencial teórico e firmeza para conduzir o trabalho junto ao grupo.
Segundo Vasconcellos (2002), é necessário para a ação supervisora: ter sensibilidade, o que envolve a capacidade de abertura, a percepção do outro, reconhecendo suas demandas, suas lacunas , bem como seu potencial.
Sendo assim, penso ser de fundamental importância que o supervisor escolar se relacione com o grupo estabelecendo uma relação de confiança.
É necessário que o profissional da supervisão esteja consciente de seu papel, refletindo constantemente sobre seu foco de atuação: a qualificação da ação educativa. Esse trabalho ganha um maior significado quando construído em conjunto, traçando, metas comuns, na construção diária, relacionando pedagógico e administrativo dentro da instituição escolar.

Angela Becker

Liderança em Gestão Escolar- Heloísa Lück- Análise




Livro Liderança em Gestão Escolar – Heloísa Lück

1) Um breve resumo sobre as principais idéias do livro.

O livro nos coloca a questão do significado da liderança e de sua relação com a gestão escolar como sendo um processo dinâmico de contribuição contínua, tendo em vista que os fatos, fenômenos, processos e idéias no contexto sócio-cultural estão em constante transformação. São esses fatores influenciados pelo momento histórico e pragmático em que se expressam.
A literatura sobre a liderança é extensa e por muito tempo foi direcionada para o contexto empresarial. Recentemente, ganhou força no contexto das instituições voltadas para aprendizagem. Essa obra destaca aspectos importantes no papel da liderança dentro da escola, ressaltando as principais características presentes no líder.
O livro apresenta as características do líder desmistificando a idéia de que elas são de origem nata, embora reconheça que determinadas pessoas têm mais facilidade para o exercício dessa função. Destaca a importância de se desenvolver continuamente as potencialidades da liderança através da capacitação contínua e do aprendizado.

2) Conceito de liderança em gestão escolar.

A liderança corresponde a um conjunto de ações, atitudes e comportamentos assumidos por uma pessoa, para influenciar o desempenho de alguém, visando a realização dos objetivos organizacionais. Corresponde a capacidade de exercer influência sobre as pessoas individualmente ou em grupo, de maneira que pratiquem suas ações de modo voluntário ou motivado, reconhecendo que fazem parte de uma equipe.
Essa influência na escola dá-se a partir da mobilização dos membros da comunidade escolar, socialmente organizada, onde todos assumem as responsabilidades, através de um esforço em conjunto e capacidade de realização, garantindo dessa forma a efetividade do trabalho educacional.
A gestão escolar consiste no processo de mobilização e orientação do trabalho e esforço coletivo presentes na escola, em associação com a organização de recursos e processos para que a instituição desempenhe de forma efetiva seu papel social e realize os objetivos educacionais de formação dos alunos e promoção da aprendizagem.
O conceito de gestão e liderança se complementam. O exercício da gestão pressupõe liderança. A gestão escolar envolve o trabalho com as outras dimensões, como por exemplo, a gestão administrativa, gestão de currículo e gestão de resultados, embora todas dependentes do trabalho das pessoas.
Alguns autores fazem a separação entre liderança e “management” (gerenciamento), atribuindo a liderança a orientação sobre os processos sociais e o gerenciamento a orientação sobre as questões operacionais. Essa visão segundo a autora reforça a dicotomia e cria conflito, pois na verdade um trabalho realmente eficaz na gestão escolar ocorre de forma onde estas funções ocorram naturalmente entrelaçadas.

3) Características de um líder em gestão escolar.

São muitas as características de um líder em gestão na escola, entre elas: perseverança e motivação para a superação das dificuldades e para atingir os objetivos propostos, não ter medo de riscos de fracasso, enfrentando-os como uma possibilidade natural a todas as relações humanas. O fracasso deve ser encarado como uma possibilidade de aprendizagem para as ações futuras.
O líder deve ter uma boa habilidade de comunicação, sabendo interagir com as pessoas, de modo equilibrado e positivo, valorizando o potencial de cada um e criando pela comunicação as condições necessárias para essa expressão e para o atendimento das necessidades afetivas e relacionais das pessoas.
A determinação é outro aspecto importante na figura do líder, envolvendo a vontade de fazer sempre mais e melhor e a cada etapa vencida vislumbrar uma outra, com novos desafios e novos resultados a serem superados. O líder deve ter maturidade social e psicológica, sabendo o que dizer em cada momento e como dizer. Esse aspecto envolve a capacidade de negociar, estabelecer mediações em situações de conflito, enfrentando-os com naturalidade e competência. É necessário saber lidar com habilidade com os sentimentos de inveja, ressentimentos e desconfianças no ambiente de trabalho, entendendo-os como emoções naturais ao ser humano e amortecendo o impacto das mesmas no grupo.
A autoconfiança na hora de assumir riscos e o saber aproveitar todos os momentos como uma oportunidade para a promoção da aprendizagem e construção do conhecimento são traços de fundamental importância na figura do líder na escola. É importante ressaltar que o líder expressa sua liderança através de suas ações e deve estar constantemente refletindo sobre sua atuação.


4) Apreciação crítica do conteúdo do livro.

O livro é de grande importância para nós, educadores da supervisão escolar, que certamente estamos em contato com a liderança em diversos contextos profissionais. Entre as reflexões propostas pelo autor, destaco a importância de se desenvolver um trabalho compartilhado, valorizando a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, fazendo com que todos se sintam comprometidos e motivados na busca por uma maior qualidade de ensino. Também, considero fundamental a desmistificação feita pelo autor a respeito da idéia de um líder nato, pensamento que tanto acompanha o senso comum. Assim, o autor nos brinda com um novo conceito sobre uma liderança que pode ser desenvolvida e aprendida por aqueles que se dedicam e que dispõem de boa fé.
Angela Becker

Mensagem Utilizada em Conselho de Classe



(PARÁBOLA INDIANA)

Os cegos e o elefante

Certo dia, um príncipe indiano mandou chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no pátio do palácio. Ao mesmo tempo, mandou trazer um elefante e colocou diante do grupo.
Em seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante para que o apalpassem. Um apalpava a barriga, outro a calda, outro a tromba e outro uma das pernas.
Quando todos os cegos tinham apalpado o paquiderme, o príncipe ordenou que cada um explicasse aos outros como era o elefante.
Então, o que tinha apalpado a barriga disse que o elefante era como uma enorme panela. O que tinha apalpado a calda até os pêlos da extremidade discordou e disse que o elefante se parecia mais com uma vassoura. “Nada disso” interrompeu o que tinha apalpado a orelha. “Se alguma coisa se parece é com um grande leque aberto”.
O que apalpava a tromba, deu uma risada e interferiu: “Vocês estão por fora. O elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma mangueira de água”. “Essa não”, replicou o que apalpara as pernas.. “ele é redondo como uma grande mangueira, mas não tem nada de ondulações, nem de flexibilidade. É rígido como um poste”.
Os cegos se envolveram com uma discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam errados, o que era certo era o que ele dizia. Evidentemente, cada um se apoiava na sua própria experiência e não conseguia entender como os demais podiam afirmar o que afirmavam.
O príncipe deixou-os falar para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou que se calassem.
“O elefante é tudo isso que vocês falaram, explicou. Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só uma parte do elefante. Não devem negar o que os outros perceberam. Deveriam juntar as experiências de todos e tentar imaginar como a parte que cada um apalpou se une com a outras para formar esse todo que é o elefante".

Mensagem Utilizada em Conselho de Classe


Uma História Sobre o Poder

Uma empresa entendeu que estava na hora de mudar o estilo de gestão e contratou um novo gerente geral. Este veio determinado a agitar as bases e tornar a empresa mais produtiva.

No primeiro dia, acompanhado dos principais assessores, fez uma inspeção a toda empresa. No armazém todos estavam trabalhando, mas um rapaz novo estava encostado na parede com as mãos no bolso.

Vendo uma boa oportunidade de demonstrar a sua nova filosofia de trabalho, o novo gerente perguntou ao rapaz:

- Quanto é que você ganha por mês?

- Trezentos reais, porquê? - respondeu o rapaz sem saber do que se tratava.

O administrador tirou os R$ 300,00 do bolso e os deu ao rapaz, dizendo:

- Aqui está o seu salário deste mês. Agora desapareça e não volte aqui nunca mais! O rapaz guardou o dinheiro e saiu conforme as ordens recebidas.

O gerente então, enchendo o peito, pergunta ao grupo de operários:

- Algum de vocês sabe o que este tipo fazia aqui?

- Sim Senhor - responderam atônitos os operários.

- Veio entregar uma pizza e estava aguardando o troco.

"Tem pessoas que desejam tanto mandar, que se esquecem de pensar".

Luís Fernando Veríssimo

Mensagem Utilizada em Conselho de Classe


Bodas de Prata


Conta a história que um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata. A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo.
Ela pensou: "Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida".
Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse:
- Muito obrigado por este presente, meu amor. Durante 25 anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!

Moral da história:

Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe...
Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você...
Deixe-o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor.

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