Poema de Renata Pallottini


O GRITO


se ao menos esta dor servisse

se ela batesse nas paredes

abrisse portas

falasse

se ela cantasse e despenteasse os cabelos


se ao menos esta dor servisse

se ela saltasse fora da garganta como um grito

caísse da janela fizesse barulho

morresse


se a dor fosse um pedaço de pão duro

que a gente pudesse engolir com forçade

pois cuspir a saliva fora

sujar a rua os carros o espaço o outro

esse outro escuro que passa indiferente

e que não sofre tem o direito de não sofrer


se a dor fosse só a carne do dedo

que se esfrega na parede de pedra

para doer doer doer visível

doer penalizante

doer com lágrimas


se ao menos esta dor sangrasse


"O Grito"

Renata Pallottini

(Original em A Faca e A Pedra, 1965)

In Obra Poética

Editora Hucitec, São Paulo, 1995

Poema de Mario Quintana


Canção do dia de sempre


Tão bom viver dia a dia...

A vida assim, jamais cansa...


Viver tão só de momentos

Como estas nuvens no céu...


E só ganhar, toda a vida,

Inexperiência... esperança...


E a rosa louca dos ventos

Presa à copa do chapéu.


Nunca dês um nome a um rio:

Sempre é outro rio a passar.


Nada jamais continua,

Tudo vai recomeçar!


E sem nenhuma lembrança

Das outras vezes perdidas,

Atiro a rosa do sonho

Nas tuas mãos distraídas...


Mário Quintana

Poema de Mario Quintana


BILHETE


Se tu me amas,

ama-me baixinho

Não o grites de cima dos telhados

Deixa em paz os passarinhos

Deixa em paz a mim!

Se me queres,

enfim,

tem de ser bem devagarinho, Amada,

que a vida é breve,

e o amor mais breve ainda...


Mário Quintana

Poema de Cecília Meireles


Lua adversa

Tenho fases, como a lua.

Fases de andar escondida,

fases de vir para a rua...

Perdição da minha vida!


Tenho fases de ser tua,

tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm

no secreto calendário

que um astrólogo arbitrárioi

inventou para meu uso.


E roda a melancolias

eu interminável fuso!

Não me encontro com ninguém

(tenho fases, como a lua)


No dia de alguém ser meu

não é dia de eu ser sua...

E, quando chega esse dia,

o outro desapareceu...


Cecília Meireles

Entrevista com Maurício de Sousa



Dorinha é deficiente visual. Paralaminha anda de cadeiras de rodas e Xaveco é filho de pais separados. Estes são os novos personagens da Turma da Mônica. Em entrevista ao RIO MÍDIA, Mauricio de Souza conta que resolveu criá-los para exercitar a cidadania e o respeito pelo próximo entre seus personagens. “Justamente por entender que se pode educar por meio das histórias em quadrinhos, decidi aumentar a Turma. Os novos integrantes, portadores de deficiência, devem ensinar muita coisa, principalmente na área do relacionamento humano. Já o Xaveco poderá, por exemplo, ser referência para alguma dúvida ou algum tipo de situação mal resolvida por um dos nossos pequenos leitores”, explica.
No processo de criação de suas histórias, Mauricio revela que determinados temas são tratados de forma velada, às vezes, na forma de fábulas, para que a revista não se torne pesada, carregada de cores fortes de realismo. “Esta não é a nossa proposta. Mas não podemos deixar de falar, nem que seja de maneira indireta, dos preconceitos, dos cuidados com o meio ambiente, do respeito aos idosos, dos cuidados com a saúde, etc”.
Para completar a fase de sucesso da Turma da Mônica, agora em outubro, Mauricio anuncia parceria com os Ministérios da Cultura e da Educação para produzir uma série de 60 programas educativos voltados para crianças de 3 a 12 anos. Confira parte da entrevista:
Há algum critério na escolha dos temas das histórias?
Mauricio de Souza - Costumo dizer aos nossos artistas que eles têm que se perguntar se o que estão fazendo ali, escrevendo, desenhando ou planejando um produto de licenciamento, poderá ser usado pelo seu filho. Se a resposta for positiva, temos boa chance de atender, sem problemas, a boa parte do público.
Mas de que forma temas como preconceito, sexualidade, violência, trabalho infantil são abordados?
Mauricio de Souza - Alguns temas são tratados de forma velada, às vezes, na forma de fábulas, para que a revista não se torne pesada, carregada de cores fortes de realismo. Esta não é a proposta de nossas revistas. Mas não podemos deixar de falar, nem que seja de maneira indireta, dos preconceitos, dos cuidados com o meio ambiente, do respeito aos idosos, dos cuidados com a saúde, etc. Mas outros assuntos como violência, trabalho infantil e sexualidade não cabem exatamente na proposta das revistas. Há outros meios de comunicação que tratam deste assunto. Além disso, a criança no seu dia-a-dia, na vida vivida, já tem acesso a estes conteúdos. Esperamos que este acesso esteja sendo monitorado pelos pais, professores ou por pessoas de bem.
A criação dos três novos personagens (Dorinha, Paralaminha e do Xaveco) é fruto deste trabalho de produção? De onde surgiu esta idéia e qual o objetivo de integrá-los à Turma da Mônica? É possível educar por meio das histórias em quadrinhos?
Mauricio de Souza - Justamente por entender que se pode educar por meio das histórias em quadrinhos, resolvi criar personagens portadores de deficiência para exercitar a inclusão no meio dos nossos personagens. Os personagens novos, portadores de deficiência, devem ensinar muita coisa à Turminha. Principalmente na área do relacionamento humano. O personagem filho de pais separados, o Xaveco, poderá, por exemplo, ser referência para alguma dúvida ou algum tipo de situação mal resolvida por um dos nossos pequenos leitores. A Dorinha é uma deficiente visual e o Paralaminha, utiliza cadeira de rodas. Eles serão abordados e tratados como qualquer outro personagem. Não queremos estigmatizá-los.




Fonte: http://www.multirio.rj.gov.br/riomidia/por_entrevista_home_topo.asp?id_entrevista=7

Personagens de Inclusão da Turma da Mônica


Dorinha
Ela vai mostrar às crianças como ouvir o som do mundo, sentir seus perfumes e sugerir a inclusão, onde todos se tratam de igual para igual".
Esta foi a declaração de Maurício de Sousa em relação a personagem Dorinha, uma menina que apesar da sua limitação visual é uma criança feliz e com suas capacidade de sentir o mundo através do tato, da audição e do olfato.
Dorinha foi inspirada em Dorina Nowil, uma mulher que perdeu a visão quando ainda era criança, mas enfrentou o problema e hoje é um exemplo de força com sua Fundação Dorina Nowil, que trata de cegos.
Com essa personagem de Maurício é possível trabalhar a inclusão com as crianças, por meio de suas histórias desde a primeira série já que a Turma da Mônica é tão conhecida pelas crianças e proporciona uma leitura prazerosa.
Para completar a turma Maurício de Sousa criou Luca um menino cadeirante que sonha em participar de uma para-olimpíada.

A deficiência retratada em quadrinhos
O menino "Da Roda", personagem com deficiência física, entrou na edição de dezembro (nº 222), na "Turma da Mônica". Detalhes como marcas de pneus no gramado; barras de apoio no banheiro; pia, cesta de basquete e espelho instalados em altura menor que a convencional aparecem nos quadrinhos e são explicados com naturalidade pelo menino, que utiliza cadeira de rodas. Maurício de Souza adota como critério o uso de apelidos para identificar os personagens que compõem a "turminha". Assim, do "Cascão", do "Cebolinha" e do "Franjinha", ninguém conhece o nome. O mesmo critério valeu para o "Da Roda", apresentado dessa forma em função de sua cadeira. É válido destacar que a presença das pessoas com deficiência, sem ressaltar a deficiência e sim suas potencialidades e capacidades, nas revistas em quadrinhos e nas novelas, reforçam muito positivamente a questão da diversidade humana, presente em todos os ambientes, infantis e adultos.
Fã do cantor Herbert Vianna e da banda Paralamas do Sucesso, ele foi apelidadopelos novos amiguinhos de Paralaminha e Da Roda
Chegou às bancas de todo o Brasil no dia 20 de dezembro de 2004, a edição do Gibi da Mônica nº 222, que trouxe uma surpresa para os fãs da Turminha: a estréia do personagem Luca, um garoto cadeirante, amante dos esportes, principalmente de basquete, que foi apelidado carinhosamente pelos novos amiguinhos de “Da Roda” e “Paralaminha”, por ser muito fã do cantor Herbert Vianna e da banda Paralamas do Sucesso.
Segundo Mauricio de Sousa, Luca será responsável por mostrar às outras crianças as possibilidades de uma infância feliz, interativa, independentemente de qualquer deficiência física. “É a inclusão social sendo exercitada também no mundo ficcional dos quadrinhos”, disse o desenhista, que já adianta: “Por ser bonitinho, o Da Roda vai ganhar, de vez em quando, alguns olhares meigos das meninas da Turma”, brinca.

Zé Lelé
Zé Lelé é primo de Chico Bento, e possui uma versão feminina chamada Maria Lalau. Zé Lelé revela-se o menos inteligente da turma. E, assim como Chico Bento, algumas vezes na hora da prova tira nota zero. Não existia nenhuma semelhança física entre ele e Chico Bento.
Zé Lelé recebeu esse apelido porque ele é ingênuo, meio distraído e de inteligência um tanto limitada, o que por vezes irrita bastante todos .

Cebolinha
É um personagem de histórias em quadrinhos e tirinhas, criado em 1960 por Maurício de Sousa. Sempre à procura de um jeito de pegar o coelhinho de sua amiga Mônica, o Sansão. Suas características são:
· Fala trocando o R intervocálico pelo L, problema conhecido como dislalia;
· Tem apenas 5 fios de cabelo. Interessante notar que, ao ser criado, Cebolinha tinha os cabelos espetados e em maior número;
· Está sempre arquitetando planos "infalíveis" para derrotar a Mônica, chamada de "dona da rua", ou em suas próprias palavras, "dona da lua";
· Usa sempre camisa verde, shorts pretos e sapatos marrons;
· Torce para o Palmeiras.


Apesar de marca registrada do personagem, a dislalia o traz inconvenientes muito grandes. Por exemplo, no filme Uma Aventura no Tempo, na cena em que o Astronauta desmaia, a personagem Cabeleira Negra ameaça o transformar em rato através de um aparelho que só poderia ser desativado com as palavras "Cabeleira Negra" sendo pronunciadas corretamente. Todavia, por causa da dislalia pertinente ao Cebolinha, ele não consegue - sendo salvo na undécima hora por seu amigo Cascão.

Humberto
Humberto é uma personagem de HQ de Mauricio de Sousa e pertence à Turma da Mônica.
Ele é o único personagem da turma da Mônica que não fala, mas não é surdo. Só murmura "hum-hum"... uns acham que ele é mudinho, porque ele nasceu com paralisia cerebral. Se comunica com a linguagem de sinais, que é representada por um balão de fala em formado de mão.Quando alguém pergunta algo a ele, sempre entende e sabe responder.

Sugestões de atividades


Utilizando as histórias em quadrinhos você poderá criar várias atividades em sua sala de aula. Veja algumas sugestões:

_Atividade coletiva: produção da seqüência da história. Nomes dos personagens que farão parte, as falas de cada um... o registro escrito do roteiro com o desenvolvimento e o final da historia;


-Atividade individual onde os alunos irão desenhar o quadrinho seguinte da história;


-Observando atentamente o primeiro quadro, escreva em duplas, qual será a seqüência e o final desta história.


-Trabalhando a oralidade, perguntar: Qual o nome do personagem? Por que o autor usou este título? Quais os outros personagens que poderiam participar desta história? Por quê? O que irá acontecer na seqüência? E qual será o final?



Fontes:

http://www.direitosempreconceito.com.br/noticias.php?Id=44
http://www.monica.com.br/mural/luca.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Lel%C3%A9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cebolinha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humberto_(personagem)

Artigo baseado no livro Pais brilhantes, professores fascinantes de Augusto Cury


A criança de hoje e a educação de ontem
O número de pais que procuram consultórios de psicologia ou mesmo livros que discorrem sobre a educação dos filhos tem se tornado bastante expressivo. Além disso, não é raro encontrar professores queixando-se do comportamento de seus alunos e da dificuldade de conseguir a atenção deles. Os saudosistas costumam dizer que bons eram os tempos antigos, pois o professor era valorizado e respeitado. Parece que, de repente, sem que ninguém percebesse o momento do acontecimento, educar ficou bem mais difícil tanto para pais quanto para professores.
A questão é que mudanças ocorreram no contexto de desenvolvimento das crianças e não aconteceram de uma hora para outra. Assim, o interesse das crianças foi se diferenciando juntamente com a mudança social geral. Pode-se dizer que essas mudanças englobam as facilidades proporcionadas pelo computador e principalmente pela Internet, o acesso constante à televisão, a revolução dos jogos eletrônicos, além das necessidades econômicas que obrigam os pais a trabalhar fora, diminuindo o tempo de atenção aos filhos. Apesar disso, o paradigma de educação de pais e professores permaneceu o mesmo, evidenciando um descompasso entre educador e educado.
Nesse sentido, o psiquiatra e diretor da Academia de Inteligência Augusto Cury, argumenta em seu livro Pais brilhantes, professores fascinantes que a educação passa por uma crise sem precedentes na História. Os alunos estão alienados, não se concentram, não têm prazer em aprender e são ansiosos. Cury sugere que os culpados disso não são nem pais nem professores, mas as causas principais são frutos do sistema social que estimulou de maneira assustadora os fenômenos que constroem os pensamentos.
Desta maneira, este autor fala que, atualmente, as crianças, adolescentes e até adultos são acometidos pela Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Esta Síndrome, para Cury, é grande geradora de ansiedade e causa dependência constante de novos estímulos e em maior quantidade.Em função do excesso de estímulo recebido, principalmente da televisão, a qualidade e a velocidade do pensamento muda, causando a SPA.
Então, como alerta Augusto Cury, uma vez que a televisão mostra mais de sessenta personagens por hora com as mais diferentes características de personalidade, policiais irreverentes, bandidos destemidos, pessoas divertidas, essas imagens são registradas na memória e competem com a imagem dos pais e professores. O resultado é que os educadores perdem a capacidade de influenciar o mundo psíquico dos jovens, causando esse descompasso na educação.
É preciso que um novo modelo de educação seja criado de modo que atinja os jovens de pensamento acelerado e ansiedade exagerada. É notório que o antigo modelo não funciona mais, visto que a velocidade de pensamento dos jovens de hoje é bem maior que dos de ontem. É preciso que pais e educadores sejam criativos e inovadores, lançando novas propostas de educação compatíveis com o novo contexto desenvolvimentista.

Denise Mendonça de Melo
Psicóloga

Artigo baseado no livro Pais brilhantes, professores fascinantes,de Augusto Cury, lançado pela editora Sextante em 2003

Problemas de saúde mais comuns em professores


Problemas de voz

Principais problemas
Irritação, coceira e dor de garganta, cansaço ao falar, pigarro e a sensação de que a voz some e falha no decorrer do dia ou da semana, inflamação nas cordas vocais, laringite, nódulos nas cordas vocais.

Origem
O uso da voz por muitas horas seguidas, muitas vezes em tom elevado, pode causar danos sérios, somado ao excesso de trabalho reduz o tempo de descanso e lazer. As condições físicas de trabalho inadequadas, como salas de aula mal projetadas, ruído externo e interno a sala de aula, sala de professores com estrutura inadequada também são agravantes. Também é relevante dizer que falta de informações sobre cuidados com a saúde vocal na formação e atuação profissional.

Prevenção
§ Evite concorrer com ruídos que exijam aumento na intensidade vocal (carros, aviões, retroprojetor, ventilador, entre outros).
§ Evite sussurrar ou pigarrear.
§ Não fale enquanto escreve na lousa (para não aspirar o pó de giz).
§ Evite roupas pesadas e que apertem a região do pescoço e abdômen.
§ Beba regularmente água, em pequenos goles, quando estiver dando aulas.
§ Articule bem as palavras.
§ Mantenha uma alimentação saudável e regular (evite comidas gordurosas, chocolate, café ou bebidas com cafeína, bebidas gasosas e cigarro; coma maçã para limpar o trato vocal).
§ Na hora de acordar e levantar da cama, espreguice e faça alongamentos tentando relaxar. Utilize recursos em sala que aumentem a participação dos alunos e ajudem a poupar a voz.
§ Tenha alguns intervalos para descansar a sua voz.
§ Com orientação fonoaudiológica, faça exercícios de aquecimento e desaquecimento vocal.

Tratamento
Se tiver rouquidão ou outro dos sintomas por mais de 15 dias procure imediatamente um médico especialista para avaliação e tratamento específico. Doenças benignas costumam ser tratadas com fonoterapia e tratamento medicamentoso. A microcirurgia da laringe é indicada para a correção de doenças tumorais e nódulos.

Fontes: Fabiana Zambon, fonoaudióloga do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) e Jeferson Sampaio D’Avila, presidente da Academia Brasileira de Laringologia e Voz.


Dores musculares

Principais problemas
Lesões por esforços repetitvos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORTs). Os problemas ligados a postura, estresse e trabalho excessivo podem gerar casos de tendinite, bursite, dores na coluna, síndrome do túnel do carpo, varizes.

Origem

Os professores permanecem por muitas horas em pé, usando muitas vezes, no caso das mulheres, sapatos altos e inadequados. Os saltos altos podem gerar posturas inadequadas, como, por exemplo, a hiperlordose lombar. A posição em pé inadequada por muitas horas leva a sobrecarga e conseqüentes dores na coluna e fadiga muscular. A posição em pé por longos períodos também gera contração muscular estática, o que favorece a diminuição no fluxo sanguíneo e conseqüentemente surgem as varizes. As tendinites e bursites no ombro são ocasionadas por movimentos repetitivos quando o ombro fica flexionado acima de 90 graus devido a impactação das entre estruturas ósseas, musculares e tendineas o que também é conhecido como síndrome do impacto. O fato de o professor ter que corrigir muitas provas, preparar aulas, entre outros, faz com que apresente também problemas nos punhos como síndrome do túnel do carpo (compressão continua do nervo mediano na região óssea denominada região do carpo), no cotovelo como epicondilites e tendinites devido ao overurse (excesso de uso destas estruturas). Dores cervicais também podem ser geradas devido as posturas estáticas ou incorretas da cabeça (flexões do pescoço ou extensões) e tensionamento dos músculos cervicais.

Prevenção
Tudo depende da forma como o professor organiza e conduz os trabalhos diários em sala, mas há algumas recomendação gerais:

§ Adeqüe a carga horária de trabalho para que não se torne desgastante.
§ Crie e respeite momentos de descanso.
§ Evite sapatos com salto alto.
§ Mantenha uma postura adequada.
§ Evitar movimentos repetitivos.
§ Faça exercícios físicos regularmente.
§ Se tiver que segurar crianças pequenas no colo, não flexione muito a coluna.
§ Tenha cuidado com a quantidade de material que carrega.
§ Não escreva no quadro de maneira contínua.
§ Dê atenção a dores e sintomas e não deixe o corpo chegar ao limite.

Tratamento
Não ignore os sintomas. Quanto mais rápido procurar ajuda de um profissional que consiga verificar a amplitude do problema, mais fácil é reverter o quadro. Automedicação resolve os problemas de maneira pontual e não é o mais indicado.

Fonte: Rosimeire Simprini Padula, doutora em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos e coordenadora do Grupo Técnico – Prevenção de Lesões Músculoesqueléticas e Reablitação da Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo).


Transtornos mentais e comportamentais

Principais problemas
Os principais sofrimentos psíquicos estão ligados a ansiedade, insônia, angústia, desânimo, choro fácil, insegurança excessiva, tensão, estresse, depressão, síndrome do pânico e síndrome de burnout (o esgotamento físico e emocional).

Origens:

Podem ser desde situações pontuais (caso do estresse, que é a reação a uma situação inesperada) até fatores multideterminados. Há questões centrais como falhas na formação inicial, ausência da continuada, o excesso de tempo em sala e falta para o planejamento ou descanso e lazer, a desvalorização social, a violência, a difícil relação com os alunos e a dificuldade de retomar a autoridade em sala, a ausência de apoio institucional (tanto do lado da gestão do trabalho quanto da infra-estrutura), de apoio entre os pares e das famílias dos alunos.

Prevenção

1. O que as redes podem fazer
§ Avaliar os motivos que levam aos adoecimentos.
§ Qualificar o trabalho dos diretores e coordenadores pedagógicos.
§ Investir em formação continuada de qualidade.
§ Oferecer escolas com boa infra-estrutura básica (iluminação, temperatura e acústica adequadas, materiais pedagógicos), além de segurança preventiva.
§ Em conjunto com os atores educacionais, elaborar um currículo que dê norte ao trabalho em sala.
§ Valorizar formalmente o professor (por exemplo, com salários compatíveis ao que se espera dele, o que pode evitar que ele assuma outros turnos e empregos).

2. O que as escolas podem fazer
§ Fortalecer uma gestão democrática que favoreça as relações interpessoais.
§ Qualificar o tempo do trabalho em equipe.
§ Participar da gestão do aprendizado. Diretores e coordenadores ser co-responsáveis pelos resultados educacionais.
§ Aproximar a família da escola.
§ Participar da construção do currículo da rede.
§ Desenvolver um trabalho sistemático que discuta princípios, valores e regras para melhorar o relacionamento entre professores e alunos e entre todos na equipe escolar.
§ Avaliar constantemente as condições de trabalho da equipe e acompanhar os casos de adoecimento.

3. O que você, professor, pode fazer
§ Aposte em qualificação continuada para ficar melhor preparado diante das adversidades e também para ter maior segurança em sala de aula.
§ Participe da construção do currículo da rede ou da escola, assim como do projeto político pedagógico.
§ Aproxime a família da escola.
§ Trabalhe uma melhor convivência com os alunos, com apoio da escola.
§ Exija melhores condições de trabalho.
§ Pratique exercícios físicos, crie e respeite horários de descanso e lazer para uma melhor qualidade de vida.
§ Questione e tentar entender os problemas que o atingem e aprenda a lidar melhor com as dificuldades, sobretudo por meio das relações interpessoais e do trabalho em equipe.
§ Busque ajuda psicológica se necessário.

Tratamentos:

Depende do problema e do grau de desgaste. Os mais comuns são com psicoterapia e medicação temporária.

Fontes:
Beatriz Cardoso, do Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária (Cedac); Francisco Nunes Sobrinho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Gisele Levy, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Iône Vasques-Menezes, da Universidade de Brasília; José Manuel Esteve, da Universidade de Málaga (Espanha); Manoel Giovanetti, psicólogo que defendeu mestrado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; Maria Elizabeth Barros de Barros, da Universidade Federal do Espírito Santo; Mary Yale Rodrigues Neves, da Universidade Federal da Paraíba; Neide Nogueira, da equipe responsável pela elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs); Rosilene Ribeiro, da Secretaria Municipal de Educação de Petrópolis; Wanderley Codo, da Universidade de Brasília; Yves de La Taille, da Universidade de São Paulo.

Bullying

Bullying


A prática de violência entre pares:
O bullying nas escolas

1. Como podemos identificar os casos de violência entre pares?
Por meio da observação e da discussão sobre o comportamento individual dos alunos, os professores podem identificar os alvos e os agressores. As vítimas são alunos frágeis, que se sentem desiguais ou prejudicados, e que dificilmente pedem ajuda. Eles podem demonstrar desinteresse, medo ou falta de vontade de ir a escola, apresentar alterações no rendimento escolar, dispersão ou notas baixas. Além disso, podem ter sintomas de depressão, perda de sono e pesadelos. Normalmente recebem apelidos, são ofendidos, humilhados, discriminados, excluídos, perseguidos, agredidos, e podem ter seus pertences roubados ou quebrados.
Os agressores geralmente acham que todos devem fazer suas vontades, e que foram acostumados, por uma educação equivocada, a ser o centro das atenções. São crianças inseguras, que sofrem ou sofreram algum tipo de agressão por parte de adultos. Na realidade, eles repetem um comportamento aprendido de autoridade e de pressão. Tanto as vítimas, quanto os agressores, necessitam de auxílio e de orientação. Os demais alunos são os observadores da violência. Eles convivem com ela e se calam ou são ignorados em suas observações por pais e professores. Temem tornarem-se alvos, e podem sentir-se incomodados e inseguros.


2. Saiba o que fazer
Para se refletir sobre o bullying, é essencial promover a orientação, a conscientização e a discussão a respeito do assunto. Nem toda briga ou discussão deve ser rotulada como bullying, para não cairmos no extremo oposto da tolerância zero, que não vai permitir a estas crianças e jovens que estão em fase de desenvolvimento que aprendam a viver harmoniosamente em grupo. A diferença entre um comportamento aceito e um abuso às vezes é muito tênue, e cada caso deve ser observado e analisado segundo sua constância e gravidade.
Os alunos devem criar regras de convivência e discuti-las com a equipe pedagógica, buscando soluções e respeitando as diferenças de cada um. Os pais devem ser ouvidos e orientados a colocar limites claros de convivência, e ajudar sempre que souberem de algum problema sem aumentar ou diminuir a informação recebida.
Quando identificados um autor e uma vítima, ambos devem ser orientados. Seus pais devem ser alertados e estar cientes que seus filhos, agressor ou agredido, precisam de ajuda especializada. O comportamento dos pais diante deste comunicado é muito importante: não se deve cobrar o revide, nem intimidar ou agredir. Este é um momento de aprendizado para todos, e mostrar como se controlar, manter a calma e evitar comportamentos de violência é imprescindível

3. Considerações finais
O bullying acontece entre jovens e crianças de todas as classes sociais, e não está restrito a nenhum tipo determinado de escola. Por violência entre pares entende-se maus-tratos, opressão, intimidação e ameaças que ocorrem de forma intencional e repetida. Isso inclui gozações, apelidos maldosos e xingamentos que magoam profundamente a criança e podem causar sérios prejuízos emocionais, como perda de auto-estima e exclusão social. Mas precisamos tomar cuidado para não patologizarmos os casos de violência entre pares. Temos observado em nossa pesquisa que, esporadicamente, algumas crianças fazem brincadeiras inofensivas e se utilizam de palavras e de comportamentos não adequados durante suas brincadeiras, e isto nem sempre pode ser caracterizado como bullying. É preciso avaliarmos a intensidade e o significado dessas atitudes. A observação constante e a parceria entre escola e família são cruciais para a possível eliminação de tais comportamentos.

Rosana Maria César del Picchia de Araujo Nogueira

Pensamento de Mário Quintana



Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos, se não fora

A presença distante das estrelas!

Mario Quintana

É preciso reciclar


Pensando Bem, É Preciso Reciclar...

Viver bem, às vezes, é só uma questão de recomeçar, reaprender, reciclar.
Para que tudo tenha um novo impulso, ganhe uma nova luz.
Reciclar para imprimir novas palavras, novas experiências, novos sentimentos.
Avaliando erros para gerar acertos, mudando trajetos para entender os caminhos, olhando a vida, todo dia, com o coração novinho em folha.
Pensando bem, é esse o nosso papel, o que nos dá sentido.
Pois se fazendo como sempre foi feito a gente acaba chegando ao mesmo lugar, melhor então é rever, com clareza, o que verdadeiramente queremos, buscar sabedoria no que já fizemos e aí, então, realizar de outra maneira, fazer diferente, reinventar.
Crer para ver que há um poder impaciente por se revelar a quem não desiste, recria, vai em frente, buscando sempre, dentro de si, o melhor

Saber viver...


Felicitando a vida

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,

Somente uma época na vida de cada pessoa

Em que é possível sonhar e fazer planos

E ter energia bastante para realizá-las

A despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e

Viver apaixonadamente, desfrutando tudo

Com toda intensidadeSem medo, nem culpa.

Fase dourada, em que a gente pode criar

E recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança,

E vestir-se com todas cores

E experimentar todos os sabores

E entregar-se a todos os amores

Sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem

Em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta

Com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO, de NOVO e de NOVO,

E quantas vezes for preciso.

Esta idade tão fugas na vida da gente chama-se PRESENTE

e tem a duração do instante que passa.

Superação das dificuldades

Retire sempre algo de bom


Retire sempre algo de bom e proveitoso das dificuldades pelas quais você passa e das adversidades que o querem atropelar.
Contemple sempre uma roseira, que faz nascerem belas rosas em meio a incômodos espinhos.
Olhe aqueles lírios do brejo, de onde eles vêm e que bela flor eles produzem.
Assim deve ser você perante os tropeços que a vida lhe traz .
Não se atormente, não fique a aumentar dentro de si a dificuldade.
De dentro disto que lhe parece tão feio e tão grave, haverá de você colher uma preciosa recompensa.
(do livro Comece o Dia Feliz - J.S. Nobre)

Vale a pena viver!


Vale a pena viver!

Viver é sonhar, decidir, perder ou vencer

É desistir ou retornar

É crescer sem aparecer,

É uma grande história de amor.

Viver é uma aventura ...

Cada dia, um dia,

Cada sorriso, um sorriso,

Cada pessoa, um mundo,

Cada sonho, um degrau,

Cada passo um risco,

Cada erro uma oportunidade de aprender.

Viver é sempre demais...

É sempre vantagem,

É sempre seguir forte.

É sorrir por teimosia

Ou não disfarçar a alegria.

É ter certeza de que vale a pena......

Vale a pena viver!!

Mensagem ao professor- Madalena Freire


Mensagem ao Professor

Estar vivo é estar em conflito permanente,
produzindo dúvidas, certezas questionáveis.
Estar vivo é assumir a Educação do sonho do cotidiano.
Para permanecer vivo, educando a paixão,
desejos de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem.

Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em construir o novo.
Medo e coragem em assumir a educação deste drama, cujos personagens
são nossos desejos de vida e morte.

Educar a paixão (de vida e morte) é lidar com esses dois ingredientes, cotidianamente,
através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais,
outros menos, em outros anestesiada) e desejar, sonhar, imaginar, criar.

Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos, na busca permanente
da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa,
da felicidade a que todos temos direito.
Este é o drama de permanecermos vivos... fazendo Educação.

Madalena Freire

Resenha: Falcão- Mulheres e o tráfico


Os autores dessa obra, Celso Athayde e MV Bill, ao iniciarem filmagens na favela para um clip de rap se depararam com uma dura realidade, onde drogas, prostituição e violência estavam presentes. Após um tempo da filmagem, ao retornarem a favela, perceberam que 80% dos meninos envolvidos no trabalho estavam mortos, iniciaram então uma coleção de obras literárias. O primeiro livro, Falcão - Meninos do Tráfico, conta a história dos garotos envolvidos no narcotráfico nos morros do Rio de Janeiro. A segunda obra: Falcão - Mulheres e o Tráfico conta a forma como as mães vivem e convivem com a realidade das drogas.
Neste segundo livro os autores contam a história de como algumas mulheres passam a interagir, direta e indiretamente, no tráfico de drogas. O papel das mulheres muitas vezes é periférico, devido ao machismo predominante no mundo das drogas, mas existem muitas que comandam todo esse processo. Como coloca a artista Nega Gisa, as mulheres devem estar inseridas nessas questões, devem se mobilizar, além do seu papel na família e na escola, junto ao Governo para levar propostas e projetos.
MV Bill acredita que o Governo é responsável por essas questões, mas que todos nós, de alguma forma, temos nosso papel como indivíduos e não podemos ficar alheios, todos nós podemos fazer a diferença. A obra Falcão - Mulheres e o Tráfico faz parte de um projeto que envolve visitas e palestras em penitenciárias, escolas, onde temas como criminalidade, exclusão, violência e drogas são debatidos.
Essa obra é de extrema importância, pois trata de um tema forte e nasceu da vivência dos autores que relatam experiências pessoais que vivenciaram antes e durante a elaboração do documentário. O livro trata de temas polêmicos fundamentais para a sociedade e nos faz refletir sobre nosso papel como cidadãos dentro desse universo.
Angela Becker

Dicas no tratamento com deficientes visuais


Dicas no trato com deficientes:

É normal os "não deficientes" ficarem confusos quando se deparam com alguém que é "diferente". O medo de dizer algo "errado" ou "incoveniente" pode até evitar um melhor conhecimento entre essas pessoas. Este mal estar pode ser evitado se as pessoas deficientes e não deficientes interagirem mais freqüentemente, e forem o mais natural possível nesses encontros.Quando alguém age de maneira inadequada, é bom lembrar que todo mundo comete erros de vez em quando, e tentar lidar com a situação com humor e delicadeza. Aceite o fato de que a deficiência existe, ignorá-la, seria uma forma de fingir, e falsidade, não é bom em nenhum momento, seja ela com pessoas normais ou não.Se você perceber que a pessoa precisar de ajuda, ofereça-se, ela seguramente vai aceitar sua oferta e explicar exatamente o que você deve fazer para ser útil a ela. Não tenha vergonha de oferecer ajuda, e o portador de deficiência não deve ter vergonha nem de pedir ajuda se precisar, e nem de aceitar.


Quando você encontrar um deficiente visual:


1. Identifique-se e faça-o perceber que você está falando com ele.

2. Para guiar um deficiente visual, espere que ele segure no seu braço; o deficiente visual irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando.

3. Para fazer o deficiente visual sentar, guie-o até a cadeira e coloque a mão dele no braço ou no encosto da cadeira, e deixe que a pessoa sente-se sozinha.

4. Fique a vontade para usar palavras como "veja" e "olhe". Nem você nem o deficiente visual podem evitá-las, já que não existem outras para substitui-las.

5. Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se de que esses cães têm a responsabilidade de guiar um dono que não enxerga. O cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia.

6. Quando for embora, avise sempre o deficiente visual, para que ele não passe por bobo e fique falando sozinho, afinal, ele não está vendo que você não está mais ali.

Dicas no tratamento com deficientes auditivos



1. Fale diretamente com a pessoa, e não de lado ou atrás dela.

2. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha.

3. Quando falar com uma pessoa surda tente ficar num lugar iluminado. Evite ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta ver o seu rosto.

4. Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer.

5. Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.

6. Se for necessário, comunique-se com a pessoa surda através de bilhetes. O importante é se comunicar. O método não é tão importante.

7. Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.

Síndrome de Down


O que é?

A síndrome de Down é a forma mais freqüente de retardo mental causada por uma aberração cromossômica microscopicamente demonstrável. É caracterizada por história natural e aspectos fenotípicos bem definidos. É causada pela ocorrência de três (trissomia) cromossomos 21, na sua totalidade ou de uma porção fundamental dele.

Características Clínicas

A síndrome de Down, uma combinação específica de características fenotípicas que inclui retardo mental e uma face típica, é causada pela existência de três cromossomos 21 (um a mais do que o normal, trissomia do 21), uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos.
É sabido, há muito tempo, que o risco de ter uma criança com trissomia do 21 aumenta com a idade materna. Por exemplo, o risco de ter um recém-nascido com síndrome de Down, se a mãe tem 30 anos é de 1 em 1.000, se a mãe tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a freqüência da síndrome de Down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascidos vivos e cerca de 85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade.
As pessoas com síndrome de Down costumam ser menores e ter um desenvolvimento físico e mental mais lento que as pessoas sem a síndrome. A maior parte dessas pessoas tem retardo mental de leve a moderado; algumas não apresentam retardo e se situam entre as faixas limítrofes e médias baixa, outras ainda podem ter retardo mental severo.
Existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso desenvolvimental das crianças com síndrome de Down. O desenvolvimento motor destas crianças também é mais lento. Enquanto as crianças sem síndrome costumam caminhar com 12 a 14 meses de idade, as crianças afetadas geralmente aprendem a andar com 15 a 36 meses. O desenvolvimento da linguagem também é bastante atrasado.
Embora as pessoas com síndrome de Down tenham características físicas específicas, geralmente elas têm mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. As características físicas são importantes para o médico fazer o diagnóstico clínico; porém, a sua presença não tem nenhum outro significado. Nem sempre a criança com síndrome de Down apresenta todas as características; algumas podem ter somente umas poucas, enquanto outras podem mostrar a maioria dos sinais da síndrome:


  • achatamento da parte de trás da cabeça,

  • inclinação das fendas palpebrais,

  • pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos,

  • língua proeminente,

  • ponte nasal achatada,

  • orelhas ligeiramente menores,

  • boca pequena,

  • tônus muscular diminuído,

  • ligamentos soltos,

  • mãos e pés pequenos,

  • pele na nuca em excesso.

Algumas das características físicas das crianças com síndrome de Down são:


Aproximadamente cinqüenta por cento de todas as crianças com a síndrome têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca), e há, freqüentemente, um espaço aumentado entre o primeiro e segundo dedos do pé. Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações congênitas maiores.

As principais são as do coração (30-40% em alguns estudos), especialmente canal atrioventricular, e as mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung.
Alguns tipos de leucemia e a reação leucemóide têm incidência aumentada na síndrome de Down. Estimativas do risco relativo de leucemia têm variado de 10 a 20 vezes maior do que na população normal; em especial a leucemia megacariocítica aguda ocorre 200 a 400 vezes mais nas pessoas com síndrome de Down do que na população cromossomicamente normal. Reações leucemóides transitórias têm sido relatadas repetidamente no período neonatal.
Entre oitenta e noventa por cento das pessoas com síndrome de Down têm algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Pacientes com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce do que indivíduos com Alzheimer e sem a trissomia do 21.


Cuidados especiais:
As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial:

  • Oitenta a noventa por cento das crianças com síndrome de Down têm deficiências de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimento são indicados.

  • Trinta a quarenta por cento destas crianças têm alguma doença congênita do coração. Muitas destas crianças terão que se submeter a uma cirurgia cardíaca e, freqüentemente precisarão dos cuidados de um cardiologista pediátrico por longo prazo.

  • Anormalidades intestinais também acontecem com uma freqüência maior em crianças com síndrome de Down. Por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal e doença de Hirschsprung. Estas crianças também podem necessitar de correção cirúrgica imediata destes problemas.

  • Crianças com síndrome de Down freqüentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são freqüentemente observadas em crianças com síndrome de Down.

  • Outra preocupação relaciona-se aos aspectos nutricionais. Algumas crianças, especialmente as com doença cardíaca severa, têm dificuldade constante em ganhar peso. Por outro lado, obesidade é freqüentemente vista durante a adolescência. Estas condições podem ser prevenidas pelo aconselhamento nutricional apropriado e orientação dietética preventiva.

  • Deficiências de hormônios tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. Entre 15 e 20 por cento das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.

  • Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta em crianças com síndrome de Down. Entre eles incluem-se a subluxação da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição acontece quando os dois primeiros ossos do pescoço não são bem alinhados devido à presença de frouxidão dos ligamentos. Aproximadamente 15% das pessoas com síndrome de Down têm instabilidade atlanto-axial. Porém, a maioria destes indivíduos não tem nenhum sintoma, e só 1 a 2 por cento de indivíduos com esta síndrome têm um problema de pescoço sério o suficiente para requerer intervenção cirúrgica.

  • Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a atenção de especialistas.

Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?393

Dislexia



A criança disléxica pode manifestar déficit de atenção

É uma deficiência de aprendizagem na escrita, leitura, soletração, entre outros. Segundo pesquisas realizadas em diversos países, cerca de 17% da população mundial sofre de dislexia. Estudos revelam que de cada 10 crianças em sala de aula, duas são disléxicas. Normalmente, as pessoas associam a dislexia à má alfabetização, desatenção, condição socioeconômica, desmotivação e/ou baixa inteligência. Há 40 definições para estabelecer as causas da dislexia, porém a mais aceita é a que a dislexia não é nada mais do que uma condição genética, que apresenta alterações no padrão neurológico do indivíduo. Sendo assim, a criança herda a dislexia, portanto ela tem algum parente, pai, avô, tio, que também é disléxico. Por estar relacionada a diversos fatores, a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Pois uma avaliação desse nível gera condições de um acompanhamento mais efetivo e eficaz das dificuldades, sendo tratado de acordo com as particularidades de cada indivíduo, levando assim a resultados mais consistentes. Quanto mais rápido for o diagnóstico, mais rápido e eficaz será o tratamento desse transtorno, evitando que a criança passe por situações constrangedoras em relação ao modo de falar, escrever, a falta de atenção, entre outros. A dislexia é mais comum em crianças, mas é possível encontrar esse distúrbio em um adulto. A deficiência não pode ser encarada como motivo de vergonha, pois há diversos casos de pessoas bem sucedidas que sofrem com a dislexia como, por exemplo, Tom Cruise (ator), Agatha Christie (autora), Thomas Edison (inventor), entre outros.

Existem ao todo cinco especificações da dislexia, são elas:

• Disgrafia: é a dificuldade em escrever, cometendo diversos erros ortográficos.

• Discalculia: é a dificuldade em compreender a linguagem matemática.

• Déficit de Atenção: quando a criança manifesta dificuldades de concentração.

• Hiperatividade: quando a criança possui uma atividade psicomotora excessiva.

• Hiporatividade: caracterizada pela baixa atividade psicomotora da criança.

Diferentes áreas do nosso cérebro exercem funções específicas, normalmente numa pessoa disléxica o cérebro tende a processar informações em uma única parte. Sua incidência não é diferenciada por sexo, acomete tanto meninas como meninos.

Sinais da dislexia:

- Na primeira parte da infância:

• Atraso no desenvolvimento motor;

• Atraso na deficiência na aquisição da fala;

• A criança apresenta ter dificuldade de entender o que está ouvindo;

• Distúrbios do sono;

• Chora muito e parece inquieta ou agitada, entre outros.


- A partir dos sete anos de idade:

• Lentidão ao fazer os deveres escolares;

• Interrompe constantemente a conversa dos demais;

• Só faz leitura silenciosa;

• Tem grande imaginação e criatividade;

• Tem mudanças bruscas de humor;

• Letra feia;

• Dificuldade com a percepção espacial;

• Confunde direita, esquerda, em cima, em baixo; na frente, atrás;

• Troca de palavras;

• Tolerância muito alta ou muito baixa à dor;

• Dificuldade de soletração e leitura;

• Inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever, etc.


-Tratamento:

Não existe um só tratamento para dislexia, porém a maioria enfatiza a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e fluência na leitura. É importante que a criança disléxica faça leitura em voz alta na presença de um adulto para que esse possa corrigi-la. É muito importante que a criança receba apoio, seja atendida com paciência pelos pais, familiares, amigos e professores. Pois a criança sofre com a falta de autoconfiança, ter esse apoio gera uma melhora significativa no comportamento do disléxico. É importante que a criança disléxica seja ensinada por professores capacitados, que tenham qualificação para ensiná-la, pois um profissional desqualificado pode agravar o problema de dislexia do indivíduo. A dislexia tem cura, só depende do profissional e da técnica utilizada no tratamento.
Por Eliene PercíliaEquipe Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/saude/dislexia.htm

A escola que é de todas as crianças

A escola precisa atender qualquer aluno que não se encaixa no modelo ideal

Os especialistas em inclusão afirmam que a escola, organizada como está, produz a exclusão. Os conteúdos curriculares são tantos que tornam alunos, professores e pais reféns de um programa que pouco abre espaço para o talento das crianças. Assim, quem não acompanha o conteúdo está fadado à exclusão e ao fracasso. "Isso ocorre não só com crianças com deficiência. A escola trabalha com um padrão de aluno e quem não se encaixa nele fica de fora", afirma a educadora Maria Teresa Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade da Universidade Estadual de Campinas.
A inclusão não atende apenas as crianças com deficiência mas também as excluídas ou discriminadas. Quantas vezes na sua sala, ao organizar trabalhos em grupo, a menina gordinha ou o garoto negro foram isolados pelos colegas? E na aula de Educação Física, quantos foram ignorados por não serem jogadores exímios? A discriminação não ocorre apenas entre os estudantes. Muitas vezes as avaliações servem mais para ver quem se encaixa nos padrões de aluno ideal do que para medir o progresso de cada um, dentro de suas possibilidades. "Esse padrão só gera sofrimento, pois a criança tenta atender às expectativas de uma escola que não valoriza seu potencial", afirma a educadora Rosângela Machado, coordenadora de Educação Especial do município de Florianópolis.
Os alunos superdotados também são muitas vezes negligenciados, pois, geralmente, vão bem nas avaliações e não dão trabalho com o conteúdo. E, na escola que não valoriza a diversidade, o conteúdo é determinante. Municípios conscientes já oferecem atendimento educacional especializado para essas crianças nas mais diversas áreas, no contraturno.
Receber uma criança com necessidades especiais pela primeira vez pode dar um frio na barriga. Com essa grande responsabilidade pela frente, é natural sentir angústia.
Para a psicóloga Adriana Marcondes Machado, do Serviço de Psicologia Escolar do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, isso ocorre porque nós não fomos formados para conviver com as diferenças. "Precisamos evitar que nossas crianças passem por isso, tornando-as mais tolerantes."
Para formar uma escola inclusiva de verdade, a psicóloga sugere ao professor:
• Dividir as dúvidas com a coordenação e com os colegas quando receber uma criança com necessidades especiais.
• Não reduzir o aluno à sua deficiência. Apesar de ter características peculiares, ele tem personalidade e carrega uma história e muitas experiências que o tornam único.
• Conversar constantemente com outros especialistas que tratam da criança, pois eles podem ajudar a pensar em estratégias para lidar com o aluno. Não se esquecer, porém, de que quem sabe como ensinar a criança é o professor.
• Trabalhar a diversidade — uma característica de todos, e não só da criança com deficiência — ao planejar as atividades.
• Estimular comportamentos solidários entre os alunos. Eles podem, por exemplo, dar idéias de como o colega que usa cadeira de rodas pode ficar bem acomodado na sala.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0182/aberto/mt_67296.shtml

Informações Básicas Sobre Deficiência Física

1. DEFINIÇÃO
A deficiência física refere-se ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema ósteo-articular, o sistema muscular e o sistema nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir quadros de limitações físicas de grau e gravidade variáveis, segundo o(s) segmento(s) corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.
2. TIPOS
· Lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias)
· Lesão medular (tetraplegias, paraplegias)
· Miopatias (distrofias musculares)
· Patologias degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica)
· Lesões nervosas periféricas
· Amputações
· Seqüelas de politraumatismos
· Malformações congênitas
· Distúrbios posturais da coluna
· Seqüelas de patologias da coluna
· Distúrbios dolorosos da coluna vertebral e das articulações dos membros
· Artropatias
· Reumatismos inflamatórios da coluna e das articulações
· Lesões por esforços repetitivos (L.E.R.)
· Seqüelas de queimaduras
CAUSAS
· Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição; materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras.
· Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.
· Lesão medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; processos degenerativos e outros.
· Amputações: causas vasculares; traumas; malformações congênitas; causas metabólicas e outras.
· Mal formações congênitas: por exposição à radiação; uso de drogas; causas desconhecidas.
· Artropatias: por processos inflamatórios; processos degenerativos; alterações biomecânicas; hemofilia; distúrbios metabólicos e outros.
5. FATORES DE RISCO
·
Violência urbana
·
Uso de drogas
·
Acidentes desportivos
·
Sedentarismo
·
Acidentes do trabalho
·
Epidemias/endemias
·
Tabagismo
·
Agentes tóxicos
·
Maus hábitos alimentares
·
Falta de saneamento básico

Fonte: http://www.entreamigos.com.br/textos/deffis/infbafis.htm

As Tecnologias e a Educação

Tecnologias na EducaçãoÉ inquestionável a presença das tecnologias na educação atual. Cada vez mais se faz necessário uma mudança de mentalidade entre pais e educadores, que devem aprender a utilizar esses recursos como ricos auxiliares na formação de nossas crianças.
Ao educador cabe o papel de conhecer bem a realidade onde atua e capacitar-se para a utilização correta dos recursos tecnológicos, que estão presentes não só na escola como na casa dos alunos. Caso os recursos não sejam bem explorados ou utilizados de forma inadequada, o educador estará apenas utilizando uma nova roupagem para o ensino tradicional.
Certamente um dos meios de comunicação mais presentes na casa de cada cidadão é a televisão. Segundo alguns pensadores da Educação esse recurso é um grande agente de democratização da cultura e da informação, mas se mal utilizado pode causar grandes prejuízos, principalmente nos telespectadores mirins. É fundamental que exista um controle do tipo de programação, horários e tempo de exposição que nossas crianças ficam frente a esse recurso tecnológico. Alguns programas são carregados de cenas de violência e sexo que de nada contribuem para a formação adequada das crianças, tanto a família quanto os educadores devem estar atentos, não negando a existência desses fatos, mas questionando seus aspectos negativos junto às crianças.
Ao realizar uma pesquisa em uma escola de Ensino Fundamental e Ensino médio pude constatar que muitas famílias não impõe limites as crianças, deixando que fiquem expostas durante muito tempo frente a televisão, sem nenhum controle sobre o tipo de programação que seus filhos assistem. Ao constatar essa realidade percebi mais uma vez a necessidade de família e escola caminharem juntos, cada um desempenhando seu papel dentro do processo educativo.
Um excelente parceiro junto à televisão é o vídeo, um recurso muito utilizado em sala de aula, a maioria das escolas está equipada para sua utilização. O educador deve ter clareza em seus objetivos, aplicando o vídeo a ser exibido relacionado aos conteúdos a serem trabalhados. O ideal é que o professor assista com antecedência o filme a ser exibido, podendo assim verificar se alguma cena ou sua linguagem pode ser inadequada, estudando o seu conteúdo para reforçar os aspectos mais importantes. Infelizmente a realidade nos mostra que muitas vezes o vídeo é utilizado como “tapa buracos”, perdendo assim todo seu valor pedagógico.
Todo recurso é muito rico se for bem utilizado, até mesmo uma aula com retro-projetor, um recurso simples, que traz uma série de possibilidades. Ao elaborar as lâminas o professor deve ter cuidado para não utilizar textos muito longos, a escrita deve ser clara e ser utilizado seu conteúdo como esquema do que vai ser explicado.
Um dos recursos mais ricos é o computador, que está muito presente na atualidade. O processo de informatização cresce com muita rapidez, o educador tem como responsabilidade preparar seus alunos para sua utilização em sociedade. São imensas as possibilidades pedagógicas que oferece esse recurso: jogos que desenvolvem o raciocínio lógico, construção de textos, produção de músicas, etc. Muitas de nossas escolas ainda não estão preparadas para a informatização na educação, mesmo as que possuem esse espaço de trabalho ainda enfrentam a resistência de seus profissionais.
Durante minha observação percebi um espaço rico em recursos como, sala de vídeo equipada com tv, vídeo, DVD, TV Escola, retro- projetor, aparelhos de som. A escola também possui sala de informática, laboratório de aprendizagem com diversos jogos pedagógicos. Embora esse ambiente seja rico em possibilidades devido aos seus recursos, nem sempre são utilizados de forma adequada.
Não podemos negar a presença das tecnologias na nossa vida atual. Cabe a todos, família e educadores, desempenhar seu papel frente a esses recursos, contribuindo para a formação de nossas crianças e adolescentes, preparando-os para o pleno exercício da cidadania.
Angela Becker

Resenha: Filme NELL


Nell
Nell foi criada sem nenhum contato com o mundo. É descoberta por um médico e uma psicóloga que tentam descobrir como foi sua vida até então.
Resenha do Filme Nell

O filme “Nell” traz através de seus personagens valiosas reflexões sobre o comportamento humano.


Nell foi criada pela mãe eremita e isolada do mundo desenvolveu uma linguagem própria. Com a morte da mãe a personagem passa a ter contato com o mundo exterior reagindo de forma agressiva ao entrar em contato com outras pessoas e com as situações novas.

Em contato com um médico e com uma psicóloga, que passam a conviver com Nell em seu próprio ambiente (o bosque em que viveu até então), passam a comunicar-se muitas vezes através da emoção.


A personagem tem medo de sair à luz do dia e o Doutor utiliza como reforço positivo o alimento. Ao parar de dar o alimento, ele faz com que Nell saia atrás do mesmo, vencendo o medo ela desfruta da recompensa que é o alimento e da sensação agradável de estar ao sol, sentindo o vento ela relembra da infância junto com sua irmã gêmea.


Muitos são os momentos em que a personagem reage com medo: ao ouvir música, ao sentir o flash da máquina fotográfica, ao ouvir o barulho do helicóptero, todas situações ainda não vivenciadas por ela.


De acordo com Skinner (1954), o ser humano desenvolve meios de controlar o mundo ao seu redor, controlando dessa forma a si mesmo.

Nesse contexto aparece o drama pessoal da Doutora, que ao vivenciou o abandono de sua mãe pelo marido. Essa situação a traumatiza e adulta passa a ser uma mulher fechada para os relacionamentos amorosos. Neel compreende seus sentimentos e a conforta.

A divulgação da existência de Nell nos jornais faz com que seus amigos a retirem do bosque e a levem para a cidade. No hospital, um ambiente desconhecido e ameaçador, Nell deixa de comunicar-se, regride. O doutor sentindo-se culpado e impotente deixa de estimulá-la.

No tribunal a personagem volta a comunicar-se e convence a todos que pode ser independente e que é feliz no ambiente que vive.

O filme aborda a questão das diferenças culturais, pois a personagem criou um dialeto e rituais próprios, como a forma que velou e sepultou a mãe e a irmã. Outra importante reflexão trazida nessa obra é a do respeito às diferenças individuais.


A cena final do filme mostra que independente das culturas é possível conviver com harmonia, respeitando as diferentes formas de ver e perceber o mundo.


Através de sua trajetória de vida Nell ensina que muito além das tecnologias e das convenções sociais é preciso ser feliz e que a linguagem dos sentimentos é universal.


Angela Becker

Projeto Meio Ambiente

Projeto Pedagógico: Meio Ambiente - Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Projeto Meio Ambiente
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Hora de Estudos: Refletindo Sobre Nossa Prática

Hora de estudos com os professores.

Dia do Professor!!!

Mensagem Dia do Professor

Dia Do Professor!!!
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Palestra Motivacional Ensino Médio

Palestra motivacional com alunos do ensino médio.

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