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Resenha do Filme Escritores da Liberdade


Escritores da liberdade
O filme “Escritores da liberdade” traz em seu enredo importantes reflexões sobre a educação, bem como a importância do papel do educador no ambiente em que atua. A professora Erin Gruwell inicia suas atividades em uma turma de primeiro ano do Ensino Médio lecionando as disciplinas de inglês e literatura.
Ao chegar na escola, cheia de sonhos e ideais, se depara com uma dura realidade: violência, desmotivação, indisciplina e discriminação. Sua turma era formada por alunos de várias etnias, vindas de uma realidade social violenta e traziam consigo o estigma da exclusão, também sofrida dentro da escola.
No primeiro contato com os alunos a Senhora G, como passou a ser chamada na turma, utilizou o método tradicional, não atingindo os alunos que, desmotivados, apresentavam sérios problemas de disciplina.
Em uma tentativa de desenvolver um trabalho mais próximo à realidade dos alunos, Erin leva música para a sala de aula. Surpreendida com a reação agressiva dos alunos escuta afirmações como: “Você não faz a menor idéia do que fazer aí na frente”; “O quê você faz aqui dentro que muda alguma coisa na minha vida?”
Diante dessa situação e de um desenho que recolhe de um aluno, ela faz uma retomada colocando sobre o fato histórico que marcou a humanidade com a discriminação e a morte de judeus e de outras minorias: o Holocausto.
Esse episódio em sala de aula marca o primeiro momento de sensibilização, tanto para os alunos como para a professora, que compreende a dor dos alunos diante da realidade que vivem.
Certamente a instituição em seu contexto de ação não oportunizava momentos de aprendizagem, pois rotulava esses alunos, desacreditando seu potencial e não oferecendo recursos e apoio ao trabalho pedagógico, sendo assim, a integração era uma mentira, não ocorrendo na sua prática.
Buscando uma nova metodologia, a professora aplica um jogo que envolve perguntas sobre a vida dos alunos e colhe os primeiros resultados no seu trabalho.
Percebendo a necessidade de trabalhar os sentimentos diante de suas vivências, traz a proposta da construção de um diário, onde os alunos escreveriam sobre as coisas boas ou ruins que já viveram.
O investimento em leituras significativas, mesmo diante da falta de apoio da direção e coordenação pedagógica, traz resultados surpreendentes, sendo, então, realizado um projeto de literatura com o livro “Diário de Anne Frank”. O projeto envolveu atividades como visitação a espaços culturais, festa para arrecadação de verbas, escrita de cartas para a senhora que abrigou Anne Frank, o que culminou em um encontro dos alunos com a mesma.
Os alunos, além de passarem a se sentir parte integrante do processo de aprendizagem, colaborando com idéias para as aulas, começam a mudar sua vida, passando a fazer escolhas que fazem a diferença. Eis aí o grande papel do educador, ser um agente de transformação no ambiente que atua.
Os escritos dos alunos resultaram em um livro “O diário dos escritores da liberdade”, lançado nos Estados Unidos em 1999, e o trabalho realizado pela professora influenciou várias escolas no país.
Através dessa obra, podemos fazer uma reflexão profunda sobre a educação na atualidade, que muitas vezes está marcada pela falta de apoio e compromisso por parte de profissionais e de autoridades.
É necessário desenvolver um trabalho de resgate de valores, em que a diversidade seja percebida como uma riqueza e não como um empecilho do trabalho pedagógico. Devemos oferecer aos alunos atividades significativas, que venham ao encontro das suas necessidades, valorizando a bagagem trazida da sua realidade social.
Nesse sentido, a escola deve ser um ambiente acolhedor, onde todos se sintam comprometidos e valorizados. A busca pela superação do fracasso escolar é certamente a grande preocupação dos profissionais da educação na atualidade.
É necessário aos educadores, além de referencial teórico, promover um conjunto de ações que possibilitem trabalhar o aluno como um sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, investigando e trabalhando as suas dificuldades, estabelecendo novas relações na busca do conhecimento.
Nesse contexto, surge a necessidade da presença de um profissional preparado para enfrentar esses desafios junto ao corpo docente e demais segmentos da comunidade: o supervisor escolar.
A supervisão tem um papel político-pedagógico e de liderança no espaço escolar. Atualmente se busca a construção de uma nova identidade supervisora, que atenda às demandas de um momento histórico que busca novas significações, e em que novos desafios se inserem no cotidiano das instituições de ensino. Esse profissional tem que se (re) construir; na sua identidade, auto-conhecimento, função social e profissional.
Falar de educação é falar de um compromisso que ultrapassa os muros da escola e acompanha o educador em todas as suas jornadas. O Exemplo de Erin Gruwell mostra-nos exatamente isso, o dever do professor para consigo mesmo de ir além das fronteiras do que lhe é formalmente exigido, buscando propiciar aos seus alunos uma formação verdadeiramente humana, nas mais variadas dimensões pedagógicas, éticas e afetivas que isso venha representar.
Angela Becker

Análise do filme- À primeira Vista




À Primeira Vista
Uma arquiteta está de férias em um hotel e apaixona-se pelo massagista cego. Convence-o a submeter-se a uma operação para que ele volte a enxergar. O filme é baseado em fatos reais e mostra as dificuldades do voltar a enxergar.

À primeira Vista
O filme “A primeira vista” traz através de seus personagens valiosas lições sobre a aprendizagem.
O personagem convivia com a deficiência visual desde a infância e percebia o mundo através das sensações, seus outros sentidos eram apurados e ele desenvolveu várias habilidades que supriam a falta da visão.
Segundo Bossa (2000), o desejo de aprender reside no inconsciente e, é claro, fruto da história de cada sujeito e das relações que ele consegue estabelecer com o conhecimento ao longo da vida.
Nesse contexto o personagem aprendia na interação com o meio e ao longo da vida através do desejo constante de aprender, vencendo os desafios da deficiência visual. Cada momento vivido era aproveitado como uma preciosa oportunidade de aprendizagem.
Após a cirurgia o mesmo teve que enfrentar o desafio do novo e aprender a desenvolver novas formas de aprendizagem.
Conforme Sole (1998), o conhecimento não é cópia, nem apropriação de algo que está fora de nós, mas uma construção. Para o autor cabe ao professor, com uma visão psicopedagógica, ser um investigador dos processos de aprendizagem dos seus alunos.
Acredito que o filme é muito rico, pois demonstra através do enredo a importância do trabalho do psicopedagogo. O professor mostra o caminho, faz com que o personagem perceba as várias possibilidades de aprendizado dentro da limitação ainda existente. Os desafios vão sendo vencidos, com as orientações recebidas e o grande esforço pessoal do personagem principal.
Através do filme foi possível refletir sobre aspectos essenciais para o alcance da aprendizagem, bem como aproveitar todas as oportunidades na nossa vida como únicas.
Angela Becker

Análise do filme Mr Holland - Adorável Professor


Mr. Holland - Adorável Professor
Um homem que quer compor uma sinfonia trabalha como professor para sustentar a família. Ao descobrir que seu filho nascera surdo, sofre e decide organizar um concerto para deficientes auditivos.

Resenha do filme Mr Holland Mr Holland - Adorável Professor

Este trabalho é uma análise do filme Mr Holland - Adorável Professor, relacionando com princípios pedagógicos de alguns autores, buscando ressaltar a importância do papel do educador frente às novas realidades.
Os novos rumos da sociedade exigem do educador novas posturas, o retomar constante de sua prática pedagógica e um olhar amoroso diante das dificuldades do educando. O personagem durante sua trajetória enfrenta os desafios no qual passam grande parte dos educadores e demonstra que é possível, mesmo diante das adversidades do dia-a-dia desenvolver um trabalho comprometido, preparando seus alunos para o pleno exercício da cidadania.


O cotidiano da sala de aula: Implicações metodológicas


1) Quando Gramsci destaca: “Todos os homens são intelectuais” mas, em se tratando do professor, pelo que imprime o caráter da profissão, esta dimensão terá de ir além, tornando-o não só intelectual, mas intelectual transformador. E como tal sua ação será a de intervir no processo educacional, provocando o surgimento de uma sociedade para novos tempos.
Esta mensagem aparece clara no filme no momento que o professor inicia sua jornada desmotivado, sem clareza de qual seria seu real papel dentro da educação, sem objetivos definidos para o seu trabalho e sem o prazer no ato de ensinar. Mr, Holland deparasse com o desafio de uma turma apática, igualmente desmotivada e com uma instituição extremamente tradicional. Nosso personagem, não só muda sua postura pedagógica, como também contribui para o crescimento do trabalho pedagógico da escola.
A educação atual deve acompanhar as mudanças da sociedade, exigindo do educador uma nova postura frente ao trabalho, não é uma tarefa fácil, porém gratificante enriquecendo-o pessoal e profissionalmente.

2) Barbosa (1997) afirma que: A procura obsessiva pelas certezas a que o educador foi submetido durante séculos, alimentada pelo cartesianismo, pela ciência clássica e pela mentalidade tecnológica, realmente está chegando ao fim.
No filme o professor ao conhecer a realidade de sua turma, vivendo o cotidiano da sala de aula, percebe que não está atingindo seus objetivos e muda sua metodologia. Assim, dá abertura ao diálogo, investigando o gosto musical de seus alunos, partindo da realidade dos mesmos, o ambiente da sala de aula torna-se prazeroso tanto para ele quanto para a turma.
É necessário que o educador abandone seus princípio e práticas tidas como certas, dando espaço a outras que mais desafiem a educação contemporânea.

3) De acordo com Perrenoid (1999): “O educador, hoje, mais preocupado em desenvolver competências que habilidades, centra sua atuação na pedagogia das diferenças”.
No filme a questão das diferenças aparece de forma mais marcante na dolorosa experiência do personagem que se depara com a chegada do filho Cole, que possui deficiência auditiva. Mr Holland, de forma inconsciente, da questão da limitação de seu filho, refugiando-se em seu trabalho de educador, surgem os conflitos com a esposa, com o filho e consigo mesmo.
Aos poucos o papel de pai é assumido de forma plena ao encarar essa realidade, percebe que o filho possui imensas riquezas a serem exploradas, consciente de sua função como pai e educador auxilia no seu crescimento como indivíduo.
Como educador passa a trabalhar com alunos surdos, o que lhe enriquece mais como profissional. Certamente a questão da inclusão é um dos maiores desafios da educação atual, exigindo das famílias e educadores uma nova atitude frente às diferenças.

4) De acordo com Demo (1991 e 1998): A aprendizagem construtiva é aquela marcada pela relação de sujeitos e que tem como fulcro principal o desafio de aprender, mais que ensinar, com a presença do professor como mediador do processo.
Mr Holland procura conhecer a realidade de seus alunos, despertar seus interesses através de atividades diversas, percebendo cada aluno como um ser único. Seu trabalho incluía a construção de valores, trabalhando o coletivo onde o saber era compartilhado e as vitórias individuais comemoradas pelo grupo.

5) Conforme Freire (1997), em sua pequena grande obra Pedagogia da Autonomia, o educador encontra sua identidade pessoal e profissional, oferecendo através desta, a verdadeira dimensão da complexidade desse ato, que vale a pena serem estudados e vivenciados no cotidiano de sala de aula.
Mr Holland trilhou sua trajetória de educador enfrentando desafios, tanto em relação às dificuldades da escola e com os alunos, quanto de caráter interno. O personagem contribui para o enriquecimento do grupo de professores e alunos, trabalhando de forma interdisciplinar, desenvolvendo projetos coletivos, crescendo como pessoa e como profissional. Eis o grande desafio do educador: preparar seus alunos para a vida, formar indivíduos capazes de agir e transformar a realidade em que vivem.


A investigação no contexto da sala de aula: Falando Educador e Educando.

1) Conforme Romão (2001, pg 93): A partir do erro na prática escolar, desenvolveu-se e reforça-se no educando uma compreensão culposa da vida. A concepção do erro trai uma visão de mundo autoritária. Os padrões geram um verdadeiro arsenal de punições, cujo efeito maléfico é o desgaste da vontade de aprender, da motivação e, no limite, o assassinato da auto-estima do avaliado.
Esta mensagem aparece clara na cena do personagem da aluna, que não consegue tocar flauta, pedindo aulas extras, fora do horário. É uma aluna esforçada, mas com muitas dificuldades e um sério problema de baixa auto-estima. A personagem se sente culpada por não alcançar os objetivos, compara-se com os membros de sua família, onde cada um tem um talento e quer desistir da aprendizagem. Entra aí a importância do professor que retoma sua prática, buscando outras alternativas para ensinar o uso do instrumento musical, reforçando que a aluna tem condições e vibrando com as conquistas da mesma.
A avaliação além de um instrumento de verificação da aprendizagem do aluno deve ter como grande objetivo para o educador a revisão de sua prática pedagógica, permitindo ao mesmo uma constante auto-avaliação.

2) Hofmann (1993) faz o seguinte questionamento: Porque o aluno não aprende? Talvez seja a partir desta pergunta que devemos iniciar a busca pelo sucesso escolar. Quem sabe ele não esteja, justamente na reflexão e na compreensão de como o educando aprende. Determinadas práticas escolares que insistem em permanecer no universo educacional – práticas arcaicas, tradicionais e excludentes – devem ser motivo de uma análise rigorosa por parte de todo o educador ou profissional da educação.
Mr Holland iniciou seu trabalho desmotivado com sua tarefa de educador, mas teve sensibilidade para perceber que seus métodos não atingiam seus alunos, que o currículo desenvolvido na escola a anos não atendia as necessidades dessa clientela.
Nosso personagem com o sucesso de suas aulas contagia seus colegas, mudando totalmente o rumo da educação naquela instituição educacional, que insistia em métodos tradicionais e excludentes.Fica claro na mensagem do filme que ainda é possível transformar o ambiente escolar em um lugar agradável e rico, onde educador e educando cresçam com essa convivência .

3) Conforme Piaget a aprendizagem, na Teoria do Conhecimento, se dá através do equilíbrio - estabilidade provisória e do desequilíbrio – avanço do funcionamento intelectual. Na visão de Piaget, aprender não consiste somente em incorporar informações já construídas, e sim, redescobri-las e reinventá-las, através da própria atividade do sujeito. Professor Holland foi muito além do mero transmissor de conhecimentos, tornou o ambiente de sala de aula um lugar acolhedor onde juntos aluno e professor redescobriam o conhecimento através de atividades envolventes e enriquecedoras. Através de situações problemáticas, questionamentos e a revisão constante de sua metodologia. Mr Holland foi o ponto de partida para a inovação das práticas pedagógicas na instituição na qual trabalhava.

4) De acordo com Gandin, a função da escola e do professor, precisa ser reavaliada e reformulada. Essa mudança de postura e mentalidade deve apontar para o caminho da solidariedade e humanização do ensino e da avaliação, de forma competente e com ação responsável e afetiva dos educadores. No filme essa mensagem aparece constantemente na prática pedagógica do professor, que através dos resultados de suas provas, do baixo rendimento de sua turma, buscou novos caminhos, transformando suas aulas em uma verdadeira lição de vida pra todos.


5) Conforme Vasconcelos (1998) a escola deveria estar ligada à vida, preparando os educandos para ela e não somente para o vestibular – concurso, competitividade, seleção. A realidade que envolve a avaliação, infelizmente persiste na classificação e, conseqüentemente, na exclusão. Essa visão do autor aparece clara na figura do professor Holland que um transmissor de conhecimentos passou a ser uma referência para seus alunos e seus colegas. O personagem reflete sobre sua real função de educador, comprometendo-se com a transformação de sua prática pedagógica e questiona a validade dos antigos métodos praticados por seus colegas. Nessa sua trajetória profissional, Mr Holland acaba por tornar-se um profissional comprometido e consciente da importância de seu papel dentro do contexto da educação.

Conclusão:

Há muitos caminhos para o desenvolvimento do ensino na atualidade, nem sempre nós educadores contribuímos para o desenvolvimento das potencialidades dos educandos.
Mr Holland, através de um verdadeiro exemplo de vida, demonstra ser possível, mesmo diante de uma realidade desfavorável de uma instituição tradicional e alunos desmotivados, desenvolver um trabalho rico e transformador. O personagem teve de enfrentar seus próprios medos, aprender a ensinar, perceber suas possibilidades como educador e desenvolver as potencialidades de seus alunos.
Através desse filme, no papel desse educador, percebemos que é possível transformar a realidade e preparar os alunos para vida, construindo um novo homem.
Angela Becker



Resenha: Falcão- Mulheres e o tráfico


Os autores dessa obra, Celso Athayde e MV Bill, ao iniciarem filmagens na favela para um clip de rap se depararam com uma dura realidade, onde drogas, prostituição e violência estavam presentes. Após um tempo da filmagem, ao retornarem a favela, perceberam que 80% dos meninos envolvidos no trabalho estavam mortos, iniciaram então uma coleção de obras literárias. O primeiro livro, Falcão - Meninos do Tráfico, conta a história dos garotos envolvidos no narcotráfico nos morros do Rio de Janeiro. A segunda obra: Falcão - Mulheres e o Tráfico conta a forma como as mães vivem e convivem com a realidade das drogas.
Neste segundo livro os autores contam a história de como algumas mulheres passam a interagir, direta e indiretamente, no tráfico de drogas. O papel das mulheres muitas vezes é periférico, devido ao machismo predominante no mundo das drogas, mas existem muitas que comandam todo esse processo. Como coloca a artista Nega Gisa, as mulheres devem estar inseridas nessas questões, devem se mobilizar, além do seu papel na família e na escola, junto ao Governo para levar propostas e projetos.
MV Bill acredita que o Governo é responsável por essas questões, mas que todos nós, de alguma forma, temos nosso papel como indivíduos e não podemos ficar alheios, todos nós podemos fazer a diferença. A obra Falcão - Mulheres e o Tráfico faz parte de um projeto que envolve visitas e palestras em penitenciárias, escolas, onde temas como criminalidade, exclusão, violência e drogas são debatidos.
Essa obra é de extrema importância, pois trata de um tema forte e nasceu da vivência dos autores que relatam experiências pessoais que vivenciaram antes e durante a elaboração do documentário. O livro trata de temas polêmicos fundamentais para a sociedade e nos faz refletir sobre nosso papel como cidadãos dentro desse universo.
Angela Becker

Resenha: Filme NELL


Nell
Nell foi criada sem nenhum contato com o mundo. É descoberta por um médico e uma psicóloga que tentam descobrir como foi sua vida até então.
Resenha do Filme Nell

O filme “Nell” traz através de seus personagens valiosas reflexões sobre o comportamento humano.


Nell foi criada pela mãe eremita e isolada do mundo desenvolveu uma linguagem própria. Com a morte da mãe a personagem passa a ter contato com o mundo exterior reagindo de forma agressiva ao entrar em contato com outras pessoas e com as situações novas.

Em contato com um médico e com uma psicóloga, que passam a conviver com Nell em seu próprio ambiente (o bosque em que viveu até então), passam a comunicar-se muitas vezes através da emoção.


A personagem tem medo de sair à luz do dia e o Doutor utiliza como reforço positivo o alimento. Ao parar de dar o alimento, ele faz com que Nell saia atrás do mesmo, vencendo o medo ela desfruta da recompensa que é o alimento e da sensação agradável de estar ao sol, sentindo o vento ela relembra da infância junto com sua irmã gêmea.


Muitos são os momentos em que a personagem reage com medo: ao ouvir música, ao sentir o flash da máquina fotográfica, ao ouvir o barulho do helicóptero, todas situações ainda não vivenciadas por ela.


De acordo com Skinner (1954), o ser humano desenvolve meios de controlar o mundo ao seu redor, controlando dessa forma a si mesmo.

Nesse contexto aparece o drama pessoal da Doutora, que ao vivenciou o abandono de sua mãe pelo marido. Essa situação a traumatiza e adulta passa a ser uma mulher fechada para os relacionamentos amorosos. Neel compreende seus sentimentos e a conforta.

A divulgação da existência de Nell nos jornais faz com que seus amigos a retirem do bosque e a levem para a cidade. No hospital, um ambiente desconhecido e ameaçador, Nell deixa de comunicar-se, regride. O doutor sentindo-se culpado e impotente deixa de estimulá-la.

No tribunal a personagem volta a comunicar-se e convence a todos que pode ser independente e que é feliz no ambiente que vive.

O filme aborda a questão das diferenças culturais, pois a personagem criou um dialeto e rituais próprios, como a forma que velou e sepultou a mãe e a irmã. Outra importante reflexão trazida nessa obra é a do respeito às diferenças individuais.


A cena final do filme mostra que independente das culturas é possível conviver com harmonia, respeitando as diferentes formas de ver e perceber o mundo.


Através de sua trajetória de vida Nell ensina que muito além das tecnologias e das convenções sociais é preciso ser feliz e que a linguagem dos sentimentos é universal.


Angela Becker

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