Pais Brilhantes- Augusto Cury


Pais Brilhantes


- Chore com seus filhos e abrace-os. Isso é mais importante do que dar-lhes fortunas ou fazer-lhes montanhas de críticas.
- Não forme heróis, mas seres humanos que conheçam seus limites e sua força.
- Faça de cada lágrima uma oportunidade de crescimento.
- Estimule seu filho a ter metas.
- Lembre-se: conversar é falar sobre o mundo que nos cerca.
- Dialogar é falar sobre o mundo que somos.
- Abraçar, beijar, falar espontaneamente.
- Contar histórias.
- Semear idéias.
- Dizer não sem medo.
- Não ceder a chantagem.
- Para educar é necessário paciência.

Augusto Cury

Mensagem: A Lição Da Borboleta


A LIÇÃO DA BORBOLETA

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou orestante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo. Nada aconteceu!Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria como a borboleta. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar...
Que a vida seja um eterno desafio, pois só assim voar será realmente possível.

(autor desconhecido)

Mensagem Para Reunião de Pais


FILHOS SÃO COMO NAVIOS

Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.
Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.
Dependendo do que a força da natureza reserva para ele, poderá ter de desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.
Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.
E haverá muita gente no porto, feliz à sua espera.
Assim são os FILHOS.
Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.
Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto dos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr os próprios riscos e viver as próprias aventuras.
Certos de que levarão os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola – mas a principal provisão, além da material, estará no interior de cada um:
A CAPACIDADE DE SER FELIZ.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.
O lugar mais seguro em que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.
Os pais também pensam ser o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar adentro e encontrar o próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, esse porto para outros seres.
Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que, na bagagem, eles devem levar VALORES herdados, como HUMILDADE, HUMANIDADE, HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.
Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.
A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL E NA CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.
Os pais não devem seguir os passos dos filhos. e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.
Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partir para as próprias conquistas e aventuras.
Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que
“QUEM AMA EDUCA”.
“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS”
(Içami Tiba)

Documentário: Para lá e para cá?"


Documentário: Para lá e para cá?"
Uma Reflexão Sobre as Questões de Gênero na Escola
Sugestão Para Hora de Estudos


O vídeo-documentário “Para lá e para cá?”, da jornalista Luiza Almeida Rosa,discute as questões de gênero em uma conversa com crianças, adolescentes e especialistas de várias áreas. O vídeo aborda importantes conceitos, dúvidas e opiniões, esclarecendo que as diferenças de gênero não são apenas nos aspectos que envolvem a anatomia feminina e masculina, mas estão ligadas ao comportamento esperado socialmente de cada sexo.
O documentário questiona: E se você fosse menino (a) por um dia? O que você faria? No trabalho com os conceitos relacionados ao tema, os especialistas mostram o “trânsito permanente” que existe na vivência dos dois sexos, discutindo também as relações de poder entre eles.
O espaço escolar possibilita uma importante reflexão sobre o gênero no contexto da educação, principalmente no Curso Normal. O curso é formado quase que na sua totalidade por mulheres, tanto no quadro de alunos quanto no de professores. Os poucos alunos do sexo masculino, muitas vezes, são questionados em sua orientação sexual.
De acordo com Flúvia Rosemberg (1992), a instalação do discurso amoroso no campo pedagógico pode estar ligada à ideologia que acabou por atribuir à mulher as características necessárias à profissão de educador, como a sensibilidade, compreensão e afetividade.
Acredito que o espaço escolar, principalmente os cursos de formação de professores, precisam avançar na visão dessa questão, pois, do contrário, estaremos fortalecendo a idéia de que a escola é uma extensão do lar, que a professora é a segunda mãe ou tia. A escola é o espaço ideal para reflexão sobre esses aspectos culturais fortemente enraizados em nossa sociedade.
É necessário que a escola sirva para ampliar o universo cultural de seus alunos e que nela se pratique democracia e cidadania, tomando contato, além de conhecimentos de todas as áreas, com a construção de valores. A efetiva inclusão da criança e do adolescente significa respeitar as diferenças também de gênero e de orientação sexual, dentre outras.
É fundamental que a escola e os educadores tenham conhecimento no sentido de construir dinâmicas que garantam o acesso e a permanência dos alunos, em especial, daqueles que apresentam modos de ser e viver o gênero e a sexualidade que não constituem a expectativa geral da sociedade e da própria escola. Assim, não podemos como educadores contribuir para aumentar o preconceito e conseqüentemente a exclusão. Dessa forma, a escola deve ser um lugar de acolhida, respeito, compreensão e, também, um lugar de aprendizado.
O trabalho com esse documentário é rico em reflexões e, entre as conclusões, fica a convicção do dever de acolher e respeitar as diferenças em sala de aula, e que, independente da orientação sexual de cada pessoa, o que realmente importa é que cada um seja feliz e tenha uma vida plena.

Angela Becker

A Educação e A Supervisão Escolar- Uma Reflexão


A EDUCAÇÃO E A SUPERVISÃO ESCOLAR

As grandes transformações ocorridas nos últimos anos na sociedade envolvendo os aspectos culturais, econômicos e políticos vem provocando relevantes alterações nas relações pessoais e interpessoais no ambiente familiar e escolar. É necessário oferecer aos nossos alunos a oportunidade de conhecimento de si e dos outros, por meio de reflexões e práticas que venham a contribuir para a boa convivência, favorecendo assim a aprendizagem.
De acordo com Zabala (1998), para que o aluno aprenda deve haver um clima e um ambiente adequados, constituídos por relações em que predominem a aceitação, a confiança , o respeito e a sinceridade.
Nesse intuito é necessário promover um ambiente que favoreça a participação e a relação entre os professores e os alunos e os alunos entre si. Certamente são muitos os desafios para a educação na atualidade, portanto é necessário além da busca de alternativas para superação das dificuldades de aprendizagem, que estão presentes em sala de aula, o repensar das práticas pedagógicas dentro das instituições e o resgate do papel da família dentro desse processo.
A realidade atual exige do educador novas posturas, entre elas, o retomar constante de sua prática pedagógica e um olhar amoroso diante das dificuldades do educando. Sabemos que muitas vezes o panorama educacional brasileiro é desolador, que as circunstâncias são adversas, mas não podemos esquecer o verdadeiro significado de educar.
Embora muitos sejam os aspectos que determinem o sucesso ou o fracasso na aprendizagem, o professor é o grande responsável e não pode se isentar de sua responsabilidade. Muitas vezes a ação docente termina por reproduzir a exclusão, pois é planejada para um padrão de aluno ideal e quem não se encaixa termina por ficar à margem. O professor deve estar atento, buscando descobrir o porquê o aluno não aprende e quando necessário rever sua metodologia de ensino.
Outro aspecto importante é o profissional conhecer a realidade onde atua, relacionando o conteúdo com as vivências do aluno e com a realidade atual tornando-o significativo. De acordo com Libâneo (1994), o trabalho docente deve ter como referência a prática social, isto é, a realidade social, política, econômica e cultural da qual tanto o professor como os alunos são parte integrante:

A prática educativa não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover os indivíduos de conhecimentos e experiências culturais que os tornem aptos a atuar no meio social e transforma-lo. (p.17)

Na instituição escolar são muitas as crenças e os conceitos que impedem a integração entre professores e alunos no processo de ensino, dificultando a aprendizagem. É necessário repensar essa relação e perceber o aluno como um ser social, inserido em um mundo em constante transformação. Em geral o conteúdo é relacionado ao passado impedindo a construção significativa do aluno em relação a sua identidade pessoal e coletiva. Apenas raramente o conteúdo é relacionado à atualidade, nem sempre levando o aluno a uma reflexão crítica sobre a realidade.
A família deve ser parte integrante desse processo e deve ser envolvida nas atividades escolares. Muitas são as contribuições dos pais ou responsáveis pelo aluno no processo de ensino-aprendizagem: acompanhamento da vida escolar do aluno, organização de um ambiente organizado para a realização das atividades em casa, estabelecimento de horários fixos de estudos, mas acima de tudo na valorização do trabalho pedagógico da escola diante do aluno.
A escola deve ter um espaço aberto a participação das famílias que não deve ser chamada apenas para ajudar a solucionar os problemas que surgem em relação a aprendizagem ou disciplina.
A valorização da participação da família na escola através da participação nos projetos e tomada de decisões fará com que esse vínculo se crie e que essa se sinta responsável junto com os profissionais pelo sucesso ou o fracasso na aprendizagem.
Conforme Libâneo (1994), o ambiente escolar pode suscitar o amor pela escola, a dedicação aos estudos, com reflexos sensíveis no aproveitamento escolar dos alunos.
Nesse contexto a escola deve ser um ambiente acolhedor, onde todos se sintam comprometidos e valorizados. A busca pela superação do fracasso escolar é certamente a grande preocupação dos profissionais da educação na atualidade.
É necessário aos educadores além de referencial teórico, promover um conjunto de ações que possibilitem trabalhar o aluno como um sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, investigando e trabalhando as dificuldades de aprendizagem, estabelecendo novas relações na busca do conhecimento.
Nesse contexto surge a necessidade da presença de um profissional preparado para enfrentar esses desafios junto ao corpo docente e demais segmentos da comunidade: o supervisor escolar.
A supervisão tem um papel político-pedagógico e de liderança no espaço escolar. Atualmente se busca a construção de uma nova identidade supervisora, que atenda às demandas de um momento histórico que busca novas significações e novos desafios se inserem no cotidiano das instituições de ensino. Esse profissional tem que se (re) construir; na sua identidade, auto-conhecimento, função social e profissional.
A história nos mostra que a supervisão escolar no Brasil envolve cinco momentos. O primeiro momento, voltado para o ensino primário; o segundo, influência da primeira fase da Revolução Industrial; terceiro, treinamento e orientação da educação e do ensino; quarto, questionamento do papel do supervisor; quinto, reflexão da função da escola a partir das tendências sociais.
No primeiro momento a supervisão envolvia-se exclusivamente com o ensino primário e tinha como função fiscalizar o prédio escolar e controlar a freqüência de professores e alunos. Assim como era fiscalizador, o profissional era supervisionado, pois o CPOE (Centro de Pesquisas e Orientação Educacionais), órgão máximo no Rio Grande do Sul, que planejava e controlava o trabalho desses profissionais, que através de treinamentos ofereciam informações para as Delegacias de Educação. Conforme Medina (1995):

A característica dessa etapa é determinar, linear e doutrinariamente, quais os procedimentos que deve ter um supervisor, denominado, à época, coordenador pedagógico, no exercício da função de controlar e acompanhar o trabalho do professor. (p.41)

O segundo momento surge com o aumento da população e conseqüentemente o aumento de alunos nas escolas, especialmente na zona urbana. Com a Revolução Industrial, as fábricas criaram o cargo de supervisão para controlar o comportamento e o desempenho de seus operários e quando se estendeu para a escola, continuou com essa visão de controle.
Com o aumento da oferta de ensino, também na zona rural, que gerou uma grande necessidade de professores, surgiram pessoas sem preparo específico para a função de educadores. Buscando solucionar o problema da falta de preparo dos professores, surgiram cursos obrigatórios de atualização. Nesse período começaram a surgir as primeiras bibliografias a respeito da supervisão escolar no Brasil.
No terceiro momento a supervisão passa por uma revolução, combinando treinamento e orientação, passa a ter como objetivo auxiliar todos os envolvidos no processo de educação e ensino. A supervisão sofre a forte influência das teorias administrativas e organizacionais. Nesse período o Ministério da Educação e os Conselhos de Educação Federal e Estaduais começam a determinar os currículos escolares, traçando as diretrizes à serem seguidas pelas mantenedoras públicas e particulares.
Esse período é marcado por uma forte produção literária sobre a supervisão. Conforme Medina (1995):

Essa literatura revela o fortalecimento das idéias sobre a supervisão que ainda hoje são proclamadas pelos supervisores, quando se referem ao desenvolvimento de sua ação. Eram idéias que diziam respeito a atitudes, esforços, comportamentos que deveriam estar presentes na ação dos supervisores para que, por intermédio dos professores, os objetivos das escolas se tornassem atingíveis. (p.44)

De acordo com a autora o supervisor não perde o vínculo com o poder administrativo da escola, mas nesse momento além de ser responsável por assegurar o sucesso da ação docente deve também controlá-los.
Embora até os dias de hoje a escola sofra a influência dessas teorias, acredito que deva ultrapassar os padrões da racionalidade e objetividade, investindo na dimensão humana. o que certamente é o maior desafio a ser vencido.
No final da década de setenta e início da década de oitenta, nosso país passa por um período de maior abertura política e a sociedade brasileira começa a ser questionada. Nesse quarto momento a escola, sofrendo a influência dos trabalhos de autores nacionais como Freire, Saviani, Cunha, Chauí, entre outros, passa a ser questionada a respeito do seu papel na sociedade global. A escola passa a ser questionada na sua totalidade, incluindo a ação dos especialistas, em especial o supervisor.
Nesse contexto foram realizados fóruns sobre a educação e em especial, nos encontros nacionais e estaduais dos supervisores foram realizados questionamentos sobre a instituição escolar e sobre as dificuldades na ação supervisora.
Conforme Medina (1995), nesse período, alguns professores começaram a expor seus pontos de vista e sentimentos em relação ao trabalho do supervisor, que era visto como um agente que impedia o trabalho docente.
Diante desse contexto, muitos supervisores refugiaram-se nas atividades burocráticas, trabalhando junto à secretaria e à direção da escola, envolvendo-se na organização de conselhos de classe e reuniões, o que serviu para aumentar o distanciamento entre o supervisor e o grupo de professores.
Esse momento é marcado pelo avanço de pesquisas que apontavam para a necessidade de transformação na sociedade, a escola é vista como uma instituição que não atende às diferentes classes sociais, dá-se início a um quinto momento.
No final dos anos oitenta e início dos anos noventa percebe-se a necessidade da pedagogia aproximar-se da prática social. O supervisor passa a ter uma contribuição importante junto ao processo de ensino-aprendizagem, trabalhando como parceiro no trabalho docente e a escola passa a ser vista como um local onde todos aprendem e ensinam.
Temos na supervisão uma grande responsabilidade na coordenação do processo de ensino-aprendizagem, que juntamente com o restante da equipe deve ter maturidade, sensibilidade, um bom referencial teórico e firmeza para conduzir o trabalho junto ao grupo.
Segundo Vasconcellos (2002), é necessário para a ação supervisora: ter sensibilidade, o que envolve a capacidade de abertura, a percepção do outro, reconhecendo suas demandas, suas lacunas , bem como seu potencial.
Sendo assim, penso ser de fundamental importância que o supervisor escolar se relacione com o grupo estabelecendo uma relação de confiança.
É necessário que o profissional da supervisão esteja consciente de seu papel, refletindo constantemente sobre seu foco de atuação: a qualificação da ação educativa. Esse trabalho ganha um maior significado quando construído em conjunto, traçando, metas comuns, na construção diária, relacionando pedagógico e administrativo dentro da instituição escolar.

Angela Becker

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