Mensagem ao professor- Madalena Freire


Mensagem ao Professor

Estar vivo é estar em conflito permanente,
produzindo dúvidas, certezas questionáveis.
Estar vivo é assumir a Educação do sonho do cotidiano.
Para permanecer vivo, educando a paixão,
desejos de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem.

Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em construir o novo.
Medo e coragem em assumir a educação deste drama, cujos personagens
são nossos desejos de vida e morte.

Educar a paixão (de vida e morte) é lidar com esses dois ingredientes, cotidianamente,
através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais,
outros menos, em outros anestesiada) e desejar, sonhar, imaginar, criar.

Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos, na busca permanente
da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa,
da felicidade a que todos temos direito.
Este é o drama de permanecermos vivos... fazendo Educação.

Madalena Freire

Resenha: Falcão- Mulheres e o tráfico


Os autores dessa obra, Celso Athayde e MV Bill, ao iniciarem filmagens na favela para um clip de rap se depararam com uma dura realidade, onde drogas, prostituição e violência estavam presentes. Após um tempo da filmagem, ao retornarem a favela, perceberam que 80% dos meninos envolvidos no trabalho estavam mortos, iniciaram então uma coleção de obras literárias. O primeiro livro, Falcão - Meninos do Tráfico, conta a história dos garotos envolvidos no narcotráfico nos morros do Rio de Janeiro. A segunda obra: Falcão - Mulheres e o Tráfico conta a forma como as mães vivem e convivem com a realidade das drogas.
Neste segundo livro os autores contam a história de como algumas mulheres passam a interagir, direta e indiretamente, no tráfico de drogas. O papel das mulheres muitas vezes é periférico, devido ao machismo predominante no mundo das drogas, mas existem muitas que comandam todo esse processo. Como coloca a artista Nega Gisa, as mulheres devem estar inseridas nessas questões, devem se mobilizar, além do seu papel na família e na escola, junto ao Governo para levar propostas e projetos.
MV Bill acredita que o Governo é responsável por essas questões, mas que todos nós, de alguma forma, temos nosso papel como indivíduos e não podemos ficar alheios, todos nós podemos fazer a diferença. A obra Falcão - Mulheres e o Tráfico faz parte de um projeto que envolve visitas e palestras em penitenciárias, escolas, onde temas como criminalidade, exclusão, violência e drogas são debatidos.
Essa obra é de extrema importância, pois trata de um tema forte e nasceu da vivência dos autores que relatam experiências pessoais que vivenciaram antes e durante a elaboração do documentário. O livro trata de temas polêmicos fundamentais para a sociedade e nos faz refletir sobre nosso papel como cidadãos dentro desse universo.
Angela Becker

Dicas no tratamento com deficientes visuais


Dicas no trato com deficientes:

É normal os "não deficientes" ficarem confusos quando se deparam com alguém que é "diferente". O medo de dizer algo "errado" ou "incoveniente" pode até evitar um melhor conhecimento entre essas pessoas. Este mal estar pode ser evitado se as pessoas deficientes e não deficientes interagirem mais freqüentemente, e forem o mais natural possível nesses encontros.Quando alguém age de maneira inadequada, é bom lembrar que todo mundo comete erros de vez em quando, e tentar lidar com a situação com humor e delicadeza. Aceite o fato de que a deficiência existe, ignorá-la, seria uma forma de fingir, e falsidade, não é bom em nenhum momento, seja ela com pessoas normais ou não.Se você perceber que a pessoa precisar de ajuda, ofereça-se, ela seguramente vai aceitar sua oferta e explicar exatamente o que você deve fazer para ser útil a ela. Não tenha vergonha de oferecer ajuda, e o portador de deficiência não deve ter vergonha nem de pedir ajuda se precisar, e nem de aceitar.


Quando você encontrar um deficiente visual:


1. Identifique-se e faça-o perceber que você está falando com ele.

2. Para guiar um deficiente visual, espere que ele segure no seu braço; o deficiente visual irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando.

3. Para fazer o deficiente visual sentar, guie-o até a cadeira e coloque a mão dele no braço ou no encosto da cadeira, e deixe que a pessoa sente-se sozinha.

4. Fique a vontade para usar palavras como "veja" e "olhe". Nem você nem o deficiente visual podem evitá-las, já que não existem outras para substitui-las.

5. Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se de que esses cães têm a responsabilidade de guiar um dono que não enxerga. O cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia.

6. Quando for embora, avise sempre o deficiente visual, para que ele não passe por bobo e fique falando sozinho, afinal, ele não está vendo que você não está mais ali.

Dicas no tratamento com deficientes auditivos



1. Fale diretamente com a pessoa, e não de lado ou atrás dela.

2. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha.

3. Quando falar com uma pessoa surda tente ficar num lugar iluminado. Evite ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta ver o seu rosto.

4. Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer.

5. Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.

6. Se for necessário, comunique-se com a pessoa surda através de bilhetes. O importante é se comunicar. O método não é tão importante.

7. Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.

Síndrome de Down


O que é?

A síndrome de Down é a forma mais freqüente de retardo mental causada por uma aberração cromossômica microscopicamente demonstrável. É caracterizada por história natural e aspectos fenotípicos bem definidos. É causada pela ocorrência de três (trissomia) cromossomos 21, na sua totalidade ou de uma porção fundamental dele.

Características Clínicas

A síndrome de Down, uma combinação específica de características fenotípicas que inclui retardo mental e uma face típica, é causada pela existência de três cromossomos 21 (um a mais do que o normal, trissomia do 21), uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos.
É sabido, há muito tempo, que o risco de ter uma criança com trissomia do 21 aumenta com a idade materna. Por exemplo, o risco de ter um recém-nascido com síndrome de Down, se a mãe tem 30 anos é de 1 em 1.000, se a mãe tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a freqüência da síndrome de Down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascidos vivos e cerca de 85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade.
As pessoas com síndrome de Down costumam ser menores e ter um desenvolvimento físico e mental mais lento que as pessoas sem a síndrome. A maior parte dessas pessoas tem retardo mental de leve a moderado; algumas não apresentam retardo e se situam entre as faixas limítrofes e médias baixa, outras ainda podem ter retardo mental severo.
Existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso desenvolvimental das crianças com síndrome de Down. O desenvolvimento motor destas crianças também é mais lento. Enquanto as crianças sem síndrome costumam caminhar com 12 a 14 meses de idade, as crianças afetadas geralmente aprendem a andar com 15 a 36 meses. O desenvolvimento da linguagem também é bastante atrasado.
Embora as pessoas com síndrome de Down tenham características físicas específicas, geralmente elas têm mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. As características físicas são importantes para o médico fazer o diagnóstico clínico; porém, a sua presença não tem nenhum outro significado. Nem sempre a criança com síndrome de Down apresenta todas as características; algumas podem ter somente umas poucas, enquanto outras podem mostrar a maioria dos sinais da síndrome:


  • achatamento da parte de trás da cabeça,

  • inclinação das fendas palpebrais,

  • pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos,

  • língua proeminente,

  • ponte nasal achatada,

  • orelhas ligeiramente menores,

  • boca pequena,

  • tônus muscular diminuído,

  • ligamentos soltos,

  • mãos e pés pequenos,

  • pele na nuca em excesso.

Algumas das características físicas das crianças com síndrome de Down são:


Aproximadamente cinqüenta por cento de todas as crianças com a síndrome têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca), e há, freqüentemente, um espaço aumentado entre o primeiro e segundo dedos do pé. Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações congênitas maiores.

As principais são as do coração (30-40% em alguns estudos), especialmente canal atrioventricular, e as mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung.
Alguns tipos de leucemia e a reação leucemóide têm incidência aumentada na síndrome de Down. Estimativas do risco relativo de leucemia têm variado de 10 a 20 vezes maior do que na população normal; em especial a leucemia megacariocítica aguda ocorre 200 a 400 vezes mais nas pessoas com síndrome de Down do que na população cromossomicamente normal. Reações leucemóides transitórias têm sido relatadas repetidamente no período neonatal.
Entre oitenta e noventa por cento das pessoas com síndrome de Down têm algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Pacientes com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce do que indivíduos com Alzheimer e sem a trissomia do 21.


Cuidados especiais:
As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial:

  • Oitenta a noventa por cento das crianças com síndrome de Down têm deficiências de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimento são indicados.

  • Trinta a quarenta por cento destas crianças têm alguma doença congênita do coração. Muitas destas crianças terão que se submeter a uma cirurgia cardíaca e, freqüentemente precisarão dos cuidados de um cardiologista pediátrico por longo prazo.

  • Anormalidades intestinais também acontecem com uma freqüência maior em crianças com síndrome de Down. Por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal e doença de Hirschsprung. Estas crianças também podem necessitar de correção cirúrgica imediata destes problemas.

  • Crianças com síndrome de Down freqüentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são freqüentemente observadas em crianças com síndrome de Down.

  • Outra preocupação relaciona-se aos aspectos nutricionais. Algumas crianças, especialmente as com doença cardíaca severa, têm dificuldade constante em ganhar peso. Por outro lado, obesidade é freqüentemente vista durante a adolescência. Estas condições podem ser prevenidas pelo aconselhamento nutricional apropriado e orientação dietética preventiva.

  • Deficiências de hormônios tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. Entre 15 e 20 por cento das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.

  • Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta em crianças com síndrome de Down. Entre eles incluem-se a subluxação da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição acontece quando os dois primeiros ossos do pescoço não são bem alinhados devido à presença de frouxidão dos ligamentos. Aproximadamente 15% das pessoas com síndrome de Down têm instabilidade atlanto-axial. Porém, a maioria destes indivíduos não tem nenhum sintoma, e só 1 a 2 por cento de indivíduos com esta síndrome têm um problema de pescoço sério o suficiente para requerer intervenção cirúrgica.

  • Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a atenção de especialistas.

Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?393

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