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Mensagem Para Reunião de Pais

Mensagem - Reunião de Pais

Um recado para meus pais


  • Perguntem-me o que fiz na escola, encorajando-me para que eu conte algo;

  • Mostrem-me um interesse sincero por tudo que eu relatar;

  • Não caçoem de meus enganos, valorizem antes os esforços que eu dispendi;

  • Falem de minha escola com carinho;

  • Digam tudo o que ela precisa saber para compreender-me melhor;

  • Não falem de meus problemas na minha frente;

  • Não joguem fora meus trabalhinhos, tão importantes para mim;

  • Ensinem-me uma freqüência assídua, ajudem-me a chegar pontualmente na escola, mandem justificativa quando eu realmente tiver que faltar;

  • Não deixem de ir apanhar-me na hora certa, se eu me sentir abandonado posso ficar com medo de retornar à escola;

  • Sempre que possível esteja um de vocês em casa quando eu retornar;

  • Dêem-me um lugar para eu guardar meu material e permitam que eu assuma as primeiras responsabilidades;

  • Sou uma criança, tratem-me como tal, não sou nem um adulto em miniatura, nem um bebê;

  • Não façam comparação entre meu progresso e o do vizinho ou do meu irmão mais velho, ou mesmo com vocês quando tinham a minha idade. Lembrem-se que eu sou um pequeno indivíduo com minhas próprias características;

  • Se caso minha professora solicitar opinião ou acompanhamento de um especialista, não reclame, aceitem, porque estou precisando;

  • Todo material solicitado visa o meu desenvolvimento global, não é sem utilidade.

    “A integração entre a escola e a família é fundamental na construção dos valores necessários para a formação integral da criança.”
    Angela Becker”

Educação de Jovens e Adultos

Imagem: Educação de Jovens e Adultos - EJA


Educação de Jovens e Adultos


Atualmente se busca a construção de uma nova identidade no educador, que atenda às demandas de um momento histórico que busca novas significações e novos desafios se inserem no cotidiano das instituições de ensino. Esse profissional tem que se (re) construir, na sua identidade, autoconhecimento, função social e profissional. Nesse contexto surge a necessidade de um profissional preparado para enfrentar o desafio de uma nova realidade: a Educação de Jovens e Adultos.
A antiga prática do “Ensino Supletivo” era marcada por um processo de aligeiramento do ensino, não existia uma política nacional voltada para os jovens e adultos.
De acordo com Leôncio Soares “Estamos em um período de transição, onde uma nova concepção de educação expressa o direito para uma educação de qualidade” (2002, p.7). A EJA envolve uma diversidade de propostas e projetos, onde vários setores da sociedade se mostram envolvidos.
Atualmente existem cursos de formação de profissionais para trabalhar na área e em muitos estados a realização de fóruns para discutir as questões relacionadas à educação de jovens e adultos, buscando uma melhor qualidade de ensino.
Na EJA existe uma inversão da lógica curricular, não se trabalha com conteúdos mínimos, mas por área de conhecimento, com uma carga horária mínima para cada etapa chamada de totalidade onde o aluno desenvolverá várias competências.
A avaliação não é entendida como hierárquica ou classificatória, mas processual. Deve-se avaliar a totalidade. A avaliação deve considerar os tempos e formas subjetivas de aprender.
É o conselho de classe que avalia para ver se o aluno vai de uma totalidade para outra. A avaliação é expressa através de parecer descritivo, não existe nota. O parecer deve mostrar que o processo o aluno percorreu, sendo registrado os temas trabalhados em cada área do conhecimento. O aluno recebe o certificado de conclusão quando concluir essas etapas.
É através da formação continuada, garantida dentro da carga horária, que se desconstrói conceitos antigos e se constrói novos conceitos, trata-se de um processo lento, mais do que nunca torna-se fundamental a importância do trabalho interdisciplinar.
Temos na supervisão uma grande responsabilidade na coordenação do processo educativo na EJA, que juntamente com o restante da equipe deve ter maturidade, sensibilidade, um bom referencial teórico e firmeza para conduzir o trabalho junto ao grupo.
Assim é através do contato direto com alunos e educadores que o supervisor trabalhará as questões de aprendizagem, percebendo as diferenças existentes nos alunos como uma oportunidade de crescimento para todos, valorizando a bagagem de vida trazida pelo aluno.
Acredito ser fundamental que o profissional da supervisão esteja consciente de seu papel, refletindo constantemente sobre seu foco de atuação: a qualificação da ação educativa. Esse trabalho ganha um maior significado quando construído em conjunto, traçando, metas comuns, na construção diária, relacionando pedagógico e administrativo dentro da instituição escolar.


Angela Becker

A Atividade Física e o Desenvolvimento da Criança

Imagem: A Criança e a Atividade FísicaImportância da Atividade Física no Desenvolvimento da Criança

O movimento faz parte da vida desde o nascimento e o desenvolvimento da criança é gradativo e em cada fase da vida são adquiridas novas habilidades.
É importante ressaltar que as atividades físicas na Educação Infantil, bem como nas demais séries, não podem resumir-se a recreação. O professor deve perceber a criança como um ser global com emoções, sentimentos, expressão, medos, facilidades e limitações, por isso deve ser trabalhada em todos os aspectos.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil pelo seu caráter coletivo, os jogos e brincadeiras permitem que o grupo se estruture, que as crianças estabeleçam relações ricas de troca, aprendam a esperar sua vez, acostumem-se a lidar com as regras, conscientizando-se que podem ganhar ou perder.
Outro aspecto importante na realização dessas atividades é o trabalho com o equilíbrio, noções de espaço, lateralidade, coordenação motora, entre outros pontos importantes para o pleno desenvolvimento da criança.
Acredito que um trabalho bem realizado desenvolve aspectos importantes e termina por refletir no desenvolvimento emocional, social e cognitivo das crianças. Infelizmente é raro a escola contar com um profissional habilitado na área e os professores que atuam nas classes de Educação Infantil e Séries Iniciais, embora esforçados, não tem preparo adequado para desempenhar essa função.

Angela Becker

Educação Infantil- Contextualização Histórica

Imagem: Educação Infantil

Educação Infantil
Contextualização Histórica

Os primeiros momentos da Educação Infantil no Brasil foram marcados pelo assistencialismo, onde as políticas educacionais dos anos 70 propunham compensar as carências culturais, deficiências lingüísticas ou defasagens afetivas das crianças de classe baixa.
Na década de 1980 as políticas públicas estaduais e municipais questionavam essa visão e passavam a perceber as crianças dessa faixa etária como cidadãs de direitos que precisavam ser respeitadas nas suas especificidades. Desde então, a defesa de uma perspectiva educativa para a educação infantil tem sido um grande desafio.
Nos anos 1980 e 1990, com gestões eleitas para municípios e estados, surgiram várias propostas para uma melhoria da qualidade de vida e a partir de movimentos sociais a população conquista através da Constituição de 1988 o reconhecimento do direito de todas as crianças de 0 a 6 anos à educação. Uma das conquistas foi o Estatuto da Criança e do Adolescente criado em 1990.
Nos últimos anos muitos foram os avanços, o MEC publicou documentos voltados a uma política nacional para a educação infantil e a necessidade de formação de seus profissionais.
Com a nova LDB, a Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, passou a ser reconhecida como parte do Sistema Municipal de Educação. Sendo assim creches e pré-escolas passam a ser consideradas legalmente instituições educativas e devem estar sob a coordenação, supervisão e orientação das Secretarias Municipais de Educação.
Acredito ter sido um avanço significativo a vinculação dessas instituições ao município, pois além da assessoria necessária para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico sério e comprometido com diretrizes estabelecidas para essa modalidade de ensino, passaram a beneficiar-se de recursos financeiros e convênios com programas tão necessários para a sua manutenção.
Alguns órgãos contribuem para a observação do respeito aos direitos das crianças entre eles estão os Conselhos Tutelares, Conselhos da Criança e do Adolescente e ongs. Essas parcerias são muito importantes para as instituições que muitas vezes recorrem a elas para solucionar questões importantes dentro de suas rotinas.
Muitos são os fatores que interferem na formação da identidade das crianças dessa faixa etária: ausência dos pais no âmbito familiar, entrada das mães no mercado de trabalho, influência da mídia, especialmente da televisão, entre outros. Esses aspectos influenciam as propostas pedagógicas e torna necessária uma constante atualização dos profissionais.
Através da instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil ficou estabelecido que as instituições devem explicitar em suas propostas pedagógicas o reconhecimento da importância da identidade pessoal dos alunos, suas famílias, professores e outros profissionais e a identidade da sua Unidade Educacional no meio social em que atua. A instituição deve promover em sua prática de educação e cuidados a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos/lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser integral.
A partir das últimas mudanças do Sistema Educacional Brasileiro a Educação Infantil passou a ser entendida do período de vida escolar que atende crianças da faixa etária de 0 a 5 anos de idade, passando o Ensino Fundamental a ser de 9 anos. É possível para as instituições atender as crianças de até 6 anos de idade na educação infantil, desde que os sistemas de ensino não tenham ampliado o Ensino Fundamental para nove anos, pois a data limite para o cumprimento da lei é até o ano de 2010.
Angela Becker

Importância da Leitura


"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde."

André Maurois

Palavras são vibrações


As palavras tem poder


A linguagem dirige nossos pensamentos para direções especificas e, de alguma forma, ela nos ajuda a criar a nossa realidade, potencializando ou limitando as nossas possibilidades.

1) CUIDADO com a palavra NÃO.
A Frase que contém NÃO, para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O NÃO existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo: pense em "NÃO"... Não vem nada à mente. Agora, vou lhe pedir não pense na cor vermelha... Eu pedi para você NÃO pensar na cor vermelha e você pensou.
Procure falar no positivo, o que você quer e não o que você não quer.


2) CUIDADO com a palavra MAS, que nega tudo o que vem antes. Por exemplo: "O Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, MAS...".
Substitua o MAS por E, quando indicado.


3) CUIDADO com a palavra TENTAR, que pressupõe a possibilidade de falha. Por exemplo: "Vou tentar encontrar com você amanhã às 8 horas". Em outras palavras: Tenho grande chance de não ir, pois vou "tentar". Evite tentar... FAÇA.


4) CUIDADO as expressões NÃO POSSO ou NÃO CONSIGO, que dão idéia de incapacidade pessoal.
Use NÃO QUERO, NÃO PODIA ou NÃO CONSEGUIA, que pressupõe que vai conseguir, que vai poder.


5) CUIDADO com as palavras DEVO, TENHO QUE ou PRECISO, que pressupõem que algo externo controla a sua vida.
Em vez delas use QUERO, DECIDO, VOU.


6) Fale dos problemas ou das descrições negativas de si mesmo, utilizando o verbo no passado. Isto libera o presente.
Por exemplo: "Eu tinha dificuldade em fazer isto..."


7) Fale das mudanças desejadas para o futuro utilizando o tempo presente do verbo.
Por exemplo: em vez de dizer "Vou conseguir", diga "Estou conseguindo".


8) Substitua o SE por QUANDO. Por exemplo: em vez de falar "Se eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar", fale "Quando eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar".


9) Substitua ESPERO por SEI. Por exemplo: em vez de falar "Eu espero aprender isso", diga "Eu sei que vou aprender isso". ESPERAR suscita dúvidas e enfraquece a linguagem.


10) Substitua o CONDICIONAL pelo PRESENTE. Por exemplo: Ao invés de dizer "Eu gostaria de agradecer à presença de vocês", diga "Eu agradeço a presença de vocês". O verbo no presente fica mais forte e concreto. Autor:

Dr.Jairo Mancilha, Ph.D/ neurolinguistica, cardiologista e Psiquiatra.

A professora e o dom de fazer sonhar

Através da contação de histórias o professor poderá trabalhar valores fundamentais para o desenvolvimento da criança, mas acima de tudo despertará o hábito e o prazer da leitura.


A professora e o dom de fazer sonhar



A minha professora me contava estórias de uma Alice no país das maravilhas, uma outra de uma tal baratinha que queria casar e outra ainda de um gato de botas longas que pulava de um lado para o outro... eu era cada um dos personagens.

Ela me ensinava a cantar, tantas músicas de peixes, rodas e pés... e eu mal sabia aonde pôr as mãos para escrever.

No quadro escrevia as vogais, aquelas letrinhas alegres, enfeitadas com casinhas, fazia delas uma família... que poderia ser a minha ou não.

Gostava dela, da escola... ela não era a minha mãe... mas estava com ela a minha possibilidade de sonhar...

Ela não possuía uma vara de condão como as fadas das estórias que contava... mas era a fada que eu precisava encontrar.

Ela despertava em mim, muito mais do que um amontoado de letras despertaria... despertava a minha minha alma sonhadora... de vida, amor, experiência.

Hoje ela é a personagem da minha estória, que conto aos meus alunos e amigos. Vejo que ela não era apenas um profissional formado num quadrado, fora do mundo real, moldado como aquele homem de lata.

Era aquela que tinha o dom de fazer sonhar, com tantas letras e aventuras que a tornaram meu Mágico de Oz.

Autor: Jairo Rocha da Silva

Aquarela- Toquinho

“A música na educação envolve todas as áreas do conhecimento. Por isso é utilizada de forma contextualizada, no ensino em classes de alfabetização e letramento, facilitando o processo ensino - aprendizagem. Ensinar é apreciar o valor de uma peça musical, despertando na criança o gosto pela música, aquisição de novos conhecimentos, concentração, autonomia, criticidade, sendo um importante instrumento didático no processo de alfabetização e letramento”.
Sonia Kramer
Nesse contexto a música Aquarela de Toquinho traz imensas possibilidades para o trabalho pedagógico, podendo ser trabalhada de forma interdisciplinar nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

"Trabalhando com música trazemos um pouco mais de alegria e poesia para o universo da sala de aula".
Angela Becker


Aquarela
Toquinho



Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes /

G.Morra / M.Fabrizio




Numa folha qualquer

Eu desenho um sol amarelo

E com cinco ou seis retas

É fácil fazer um castelo...



Corro o lápis em torno

Da mão e me dou uma luva

E se faço chover

Com dois riscos

Tenho um guarda-chuva...



Se um pinguinho de tinta

Cai num pedacinho

Azul do papel

Num instante imagino

Uma linda gaivota

A voar no céu...



Vai voando

Contornando a imensa

Curva Norte e Sul

Vou com ela

Viajando HavaíPequim ou Istambul

Pinto um barco a vela

Branco navegando

É tanto céu e mar

Num beijo azul...

Entre as nuvens



Vem surgindo um lindo

Avião rosa e grená

Tudo em volta colorindo

Com suas luzes a piscar...



Basta imaginar e ele está

Partindo, sereno e lindo

Se a gente quiser

Ele vai pousar...



Numa folha qualquer

Eu desenho um navio

De partida

Com alguns bons amigos

Bebendo de bem com a vida...



De uma América a outra

Eu consigo passar num segundo

Giro um simples compasso

E num círculo eu faço o mundo...



Um menino caminha

E caminhando chega no muro

E ali logo em frente

A esperar pela gente

O futuro está...



E o futuro é uma astronave

Que tentamos pilotar

Não tem tempo, nem piedade

Nem tem hora de chegar

Sem pedir licença

Muda a nossa vida

E depois convida

A rir ou chorar...



Nessa estrada não nos cabe

Conhecer ou ver o que virá

O fim dela ninguém sabe

Bem ao certo onde vai dar

Vamos todos

Numa linda passarela

De uma aquarela

Que um dia enfim

Descolorirá...



Numa folha qualquer

Eu desenho um sol amarelo(Que descolorirá!)

E com cinco ou seis retas

É fácil fazer um castelo(Que descolorirá!)

Giro um simples compasso

Num círculo eu faço

O mundo(Que descolorirá!)...

A importância da brincadeira no desenvolvimento da criança


A importância da brincadeira no desenvolvimento da criança


Nas interações que estabelece desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras explicitam as condições de vida que estão submetidas e seus anseios e desejos. No processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de ter idéias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar.
Nessa perspectiva a criança constrói o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação.
No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhe deram origem, sabendo que estão brincando. O principal indicador da brincadeira, entre as crianças é o papel que assumem enquanto brincam.
As brincadeiras favorecem a auto-estima das crianças, auxiliando-as a superarem progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar constitui, assim para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformando-no em um espaço singular de constituição infantil.
Nas brincadeiras as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brincam, por exemplo, ao assumir determinado papel em uma brincadeira, a criança deve conhecer algumas de suas determinadas características. Seus conhecimentos provêm de imitações de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, etc.
Por meio das brincadeiras o professor poderá observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em um conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõe.
Na escola a participação nas brincadeiras propostas em aula e nos espaços de lazer, como pátio e laboratório de aprendizagem, além de favorecer a aquisição de novos conhecimentos e habilidades, permite que a criança desenvolva valores como respeito ao outro e as regras estabelecidas em grupo.

A infância e a aprendizagem


“Bendito o rabisco no caderno, a correria no recreio, o sonho recriado.
O novo dá trabalho, acorda cedo, quer voar como pipa, arranha o joelho.
E sente medo, suja o tênis, reclama e briga, mas aprende".
O novo é bom, é mais que bendito é muito, muito bonito.

Célia Maciel

Limite: Qual a medida certa?



Uma reflexão sobre limites na educação de nossas crianças


Muitos pais hoje em dia tem sérias dificuldades em estabelecer limites para os filhos e em dar fim as discussões e a pequenas questões simples do dia a dia, sendo incapazes de exercer sua autoridade junto aos filhos.
De uma maneira geral, parece que as mães (principalmente as que trabalham fora), apresentam este tipo de dificuldade em maior grau que os pais.
Sem saber como agir diante da nova relação, os pais abandonaram a postura excessivamente rígida. O problema é: como encontrar a medida certa entre o sim e o não
Essa dúvida também ocorre com alguns professores.
Algumas tendências pedagógicas contribuíram para alterar a relação professor-aluno e pais-filhos. Priorizaram: atendimento às necessidades individuais, adaptação das necessidades individuais ao meio social, a escola deve retratar a vida, o conteúdo não é prioritário, relação professor-aluno, a não intervenção, o respeito e a aceitação plena do aluno como pessoa e apoio total ao desenvolvimento pleno e livre da criança.
Apesar de apoio a estas idéias, surgiram algumas conseqüências indesejáveis e não previstas pelos autores das teorias, como: a dificuldade do professor estabelecer limites entre a liberdade que pretendiam dar aos alunos e a autoridade que precisavam ter em determinados momentos; descompromisso com a aprendizagem e com os conteúdos de ensino.
Quanto aos pais, estas linhas encontraram receptividade nas idéias: dialogar com os filhos, compreender o enfoque das crianças, evitar frustar, dar liberdade, estimular a criatividade, etc.
Da mesma forma, porém, que na escola, que tais idéias foram interpretadas de forma radical, o mesmo ocorreu com os pais, que passaram a crer, talvez sem muita consciência disso, que qualquer limitação, deveria ser evitada, a qualquer custo, sob a pena de não serem pais modernos¨, ou de estarem podando ou castrando a potencialidade dos filhos.
Os pais parecem ter desaprendido, por exemplo, como dizer um simples não, de forma convincente, quando precisam negar alguma coisa aos filhos. Na maior parte das vezes, esse não soa como um sim.
As coisas não foram mais fáceis para os nossos pais, não. As crianças não mudaram. São e serão, insistentes quando quiserem alguma coisa, foram os pais que mudaram: antes eles tinham certeza do que pretendiam em relação aos filhos e, por isso mesmo, não davam possibilidades de tantas discussões acerca das coisas simples como: hora de dormir, comer ou não determinados alimentos, hora de estudar, etc. Todas as questões que eram coisas definidas e definitivas para os pais da geração anterior, não são mais hoje.
Não se sabe se esta mudança de atitude é boa ou ruim, porque não é uma escolha pessoal, interior; mas uma atitude que julgam ser o moderno.
Deixam as crianças fazerem de tudo, não limitam nada. É claro que, depois de algum tempo, quando o limite de sua paciência se esgota, tentam dizer não. Muitas vezes, tem vontade de limitá-los desde o início, mas só o fazem quando estão cansados, quando não agüentam mais. Desta formas, estimulam a criação de um círculo vicioso, em que a criança, percebendo sua força, passa a repetir o mesmo comportamento em outras ocasiões
Diante do enfoque do filho, como é que se pode querer que ele entenda essas mudanças Porque antes ele podia e agora não pode Fica difícil compreender e, portanto aceitar.
O grande problema consiste no fato dos pais não saberem mais se é ou não correto deixar ou não deixar, fixar ou não padrões e regras de comportamento. Freqüentemente quando chegam a fazê-lo, o que fazem em momento de descontrole, não sendo este o momento e a situação adequada. Já no momento seguinte, voltam a ceder às pressões dos filhos, porque não estão certos da atitude tomada anteriormente.
Na verdade, a impressão que se tem é que os pais se obrigam a um comportamento no qual não acreditam verdadeiramente, mas que se impõe, porque lhes parece ser a forma atualmente correta de educar.
Muitos pais perderam tanto espaço na relação com os filhos, devido à falta de coragem de dizer a estes, sem sentir culpas depois, que eles também têm seus direitos e que estes devem ser respeitados, para que não haja anulação dos pais como indivíduos. O medo impede os pais de agir de forma espontânea. Eles próprios não conseguem ter consciência de até onde agem porque assim desejam ou por temerem anular o potencial dos filhos. Temem sempre, no íntimo, que estejam errando, frustrando os filhos.
Não menosprezemos nossos filhos. Sejamos firmes, mas não indelicados, seguros, não agressivos. Apenas isso. Espera-se que os pais, adultos, tenham suficiente equilíbrio e bom senso para perceber a hora certa de uma negativa e mostrar claramente os limites. Sentir limites é para a criança uma questão de segurança, uma necessidade básica, mostrando que alguém se preocupa com ela e a protege. Somente com direitos e deveres de ambas as partes é que se poderá construir uma relação equilibrada, saudável e democrática.

Texto extraído e adaptado do livro
Sem padecer no paraíso de Tânia Zagury.

Fatores que interferem no processo de ensino-aprendizagem

Um novo olhar sobre a aprendizagem


Ângela Becker



Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão a respeito dos fatores que influenciam direta e indiretamente no processo de ensino-aprendizagem, bem como a responsabilidade dos profissionais da educação e da família diante desse processo.

Palavras chave: aprendizagem, interação, superação

1 Introdução
As grandes transformações ocorridas nos últimos anos na sociedade envolvendo os aspectos culturais, econômicos e políticos vem provocando relevantes alterações nas relações pessoais e interpessoais no ambiente familiar e escolar. É necessário oferecer aos nossos alunos a oportunidade de conhecimento de si e dos outros, por meio de reflexões e práticas que venham a contribuir para a boa convivência, favorecendo assim a aprendizagem.
De acordo com Zabala (1998), para que o aluno aprenda deve haver um clima e um ambiente adequados, constituídos por relações em que predominem a aceitação, a confiança , o respeito e a sinceridade.
Nesse intuito é necessário promover um ambiente que favoreça a participação e a relação entre os professores e os alunos e os alunos entre si. Certamente são muitos os desafios para a educação na atualidade, portanto é necessário além da busca de alternativas para superação das dificuldades de aprendizagem, que estão presentes em sala de aula, o repensar das práticas pedagógica dentro das instituições e o resgate do papel da família dentro desse processo.

2 Desenvolvimento
Os novos rumos da sociedade exigem do educador novas posturas, o retomar constante de sua prática pedagógica e um olhar amoroso diante das dificuldades do educando. Sabemos que muitas vezes o panorama educacional brasileiro é desolador, que as circunstâncias são adversas, mas não podemos esquecer o verdadeiro significado de educar.
Embora muitos sejam os aspectos que determinem o sucesso ou o fracasso na aprendizagem, o professor é o grande responsável e não pode se isentar de sua responsabilidade. Muitas vezes a ação docente termina por reproduzir a exclusão, pois é planejada para um padrão de aluno ideal e quem não se encaixa termina por ficar à margem. O professor deve estar atento, buscando descobrir o porquê o aluno não aprende e quando necessário rever sua metodologia de ensino.
Outro aspecto importante é o profissional conhecer a realidade onde atua, relacionando o conteúdo com as vivências do aluno e com a realidade atual tornando-o significativo.
De acordo com Libâneo (1994), o trabalho docente deve ter como referência a prática social, isto é, a realidade social, política, econômica e cultural da qual tanto o professor como os alunos são parte integrante.
Na instituição escolar são muitas as crenças e os conceitos que fazem a separação de professores e alunos no processo de ensino, dificultando a aprendizagem. É necessário repensar essa relação e perceber o aluno como um ser social, inserido em um mundo em constante transformação. Em geral o conteúdo é relacionado ao passado impedindo a construção significativa do aluno em relação a sua identidade pessoal e coletiva. Apenas raramente o conteúdo é relacionado à atualidade, nem sempre levando o aluno a uma reflexão crítica sobre a realidade.
A família deve ser parte integrante desse processo e deve ser envolvida nas atividades escolares. Muitas são as contribuições dos pais ou responsáveis pelo aluno no processo de ensino-aprendizagem: acompanhamento da vida escolar do aluno, organização de um ambiente organizado para a realização das atividades em casa, estabelecimento de horários fixos de estudos, mas acima de tudo na valorização do trabalho pedagógico da escola diante do aluno.
A escola deve ter um espaço aberto a participação das famílias que não deve ser chamada apenas para ajudar a solucionar os problemas que surgem em relação a aprendizagem ou disciplina.
A valorização da participação da família na escola através da participação nos projetos e tomada de decisões fará com que esse vínculo se crie e que essa se sinta responsável junto com os profissionais pelo sucesso ou o fracasso na aprendizagem.
Conforme Libâneo (1994), o ambiente escolar pode suscitar o amor pela escola, a dedicação aos estudos, com reflexos sensíveis no aproveitamento escolar dos alunos.
Nesse contexto a escola deve ser um ambiente acolhedor, onde todos se sintam comprometidos e valorizados.

Considerações finais
A busca pela superação do fracasso escolar é certamente a grande preocupação dos profissionais da educação na atualidade.
É necessário aos educadores além de referencial teórico, promover um conjunto de ações que possibilitem trabalhar o aluno como um sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, investigando e trabalhando as dificuldades de aprendizagem, estabelecendo novas relações na busca do conhecimento.
Acredito ser fundamental uma reflexão profunda sobre as questões apresentadas nesse artigo e um novo olhar para as questões que envolvem os problemas de aprendizagem. É necessário um trabalho sério e integrado entre todos, onde profissionais da educação e família busquem juntos alternativas para a solução dos problemas.

Referências Bibliográficas

-LIBÂNEO, José Carlos, Didática. Coleção Magistério, 2° Grau. Série Formação do professor. São Paulo: Cortez, 1994;

-ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Trad. Ernani F. da Rosa. Porto Alegre: ArtMed, 1998;

Televisão: O papel da família frente ao meio de comunicação da televisão

O papel da família frente a televisão, filhos

O papel da família


Além do papel do educador, que enfrenta o desafio de despertar o olhar crítico do aluno frente ao meio de comunicação da televisão, existe o papel fundamental da família. É dentro de sua casa que a criança ou adolescente convive maior tempo com a televisão, pais e escola devem caminhar juntos diante dessa tarefa tão difícil que é uma correta utilização desse meio.
A violência, a sexualidade, os esteriótipos de raça e gênero e o abuso de drogas e álcool são temas comuns nos programas televisivos. Crianças e jovens impressionáveis podem assumir que aquilo que se vê na televisão é normal, seguro e aceitável. Por conseqüência a televisão expõe as crianças a tipos de comportamentos e atitudes que podem ser difíceis de serem compreendidos, analisados, elaborados e filtrados.
Os pais podem ajudar seus filhos a terem experiências mais positivas com a televisão, pois podem:
-assistir aos programas com os filhos, aproveitando ocasiões propícias para discutir o conteúdo do que é visto, bem como daquilo que é veiculado em comerciais;
-escolher os programas adequados para o nível de desenvolvimento da criança;
-limitar o tempo que é passado frente à televisão;
-desligar a televisão quando os programas parecerem inadequados a seus filhos;
-estabelecer que o horário de estudo é para ser dedicado a aprendizagem, não permitindo a realização de tarefas escolares com a televisão ligada;
-a hora da refeição deve ser um momento de conversa entre os familiares, que muitas vezes tem pouquíssimas ocasiões para se encontrar, evitando assistir refeição nesse momento.

Com uma orientação apropriada seus filhos podem aprender a usar a televisão de uma maneira saudável e positiva:
-evidenciar comportamentos positivos como a cooperação, a amizade e o interesse pelos outros;
-fazer conexões com a histórias, livros, lugares de interesses e eventos pessoais;
-conversar com eles sobre seus valores pessoais e familiares e como se relacionam com o que está sendo visto no programa, comparando o que estão vendo com eventos reais;
-deixe-os saber as verdadeiras conseqüências da violência;
-discutir sobre o papel da publicidade e sua influência no que se compra.

Escola e família devem trabalhar juntas também nesse contexto. Não cabe somente à escola trabalhar os efeitos negativos do excesso de exposição das crianças frente à televisão.
Angela Becker

Artigo baseado no livro Pais brilhantes, professores fascinantes de Augusto Cury


A criança de hoje e a educação de ontem
O número de pais que procuram consultórios de psicologia ou mesmo livros que discorrem sobre a educação dos filhos tem se tornado bastante expressivo. Além disso, não é raro encontrar professores queixando-se do comportamento de seus alunos e da dificuldade de conseguir a atenção deles. Os saudosistas costumam dizer que bons eram os tempos antigos, pois o professor era valorizado e respeitado. Parece que, de repente, sem que ninguém percebesse o momento do acontecimento, educar ficou bem mais difícil tanto para pais quanto para professores.
A questão é que mudanças ocorreram no contexto de desenvolvimento das crianças e não aconteceram de uma hora para outra. Assim, o interesse das crianças foi se diferenciando juntamente com a mudança social geral. Pode-se dizer que essas mudanças englobam as facilidades proporcionadas pelo computador e principalmente pela Internet, o acesso constante à televisão, a revolução dos jogos eletrônicos, além das necessidades econômicas que obrigam os pais a trabalhar fora, diminuindo o tempo de atenção aos filhos. Apesar disso, o paradigma de educação de pais e professores permaneceu o mesmo, evidenciando um descompasso entre educador e educado.
Nesse sentido, o psiquiatra e diretor da Academia de Inteligência Augusto Cury, argumenta em seu livro Pais brilhantes, professores fascinantes que a educação passa por uma crise sem precedentes na História. Os alunos estão alienados, não se concentram, não têm prazer em aprender e são ansiosos. Cury sugere que os culpados disso não são nem pais nem professores, mas as causas principais são frutos do sistema social que estimulou de maneira assustadora os fenômenos que constroem os pensamentos.
Desta maneira, este autor fala que, atualmente, as crianças, adolescentes e até adultos são acometidos pela Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Esta Síndrome, para Cury, é grande geradora de ansiedade e causa dependência constante de novos estímulos e em maior quantidade.Em função do excesso de estímulo recebido, principalmente da televisão, a qualidade e a velocidade do pensamento muda, causando a SPA.
Então, como alerta Augusto Cury, uma vez que a televisão mostra mais de sessenta personagens por hora com as mais diferentes características de personalidade, policiais irreverentes, bandidos destemidos, pessoas divertidas, essas imagens são registradas na memória e competem com a imagem dos pais e professores. O resultado é que os educadores perdem a capacidade de influenciar o mundo psíquico dos jovens, causando esse descompasso na educação.
É preciso que um novo modelo de educação seja criado de modo que atinja os jovens de pensamento acelerado e ansiedade exagerada. É notório que o antigo modelo não funciona mais, visto que a velocidade de pensamento dos jovens de hoje é bem maior que dos de ontem. É preciso que pais e educadores sejam criativos e inovadores, lançando novas propostas de educação compatíveis com o novo contexto desenvolvimentista.

Denise Mendonça de Melo
Psicóloga

Artigo baseado no livro Pais brilhantes, professores fascinantes,de Augusto Cury, lançado pela editora Sextante em 2003

Problemas de saúde mais comuns em professores


Problemas de voz

Principais problemas
Irritação, coceira e dor de garganta, cansaço ao falar, pigarro e a sensação de que a voz some e falha no decorrer do dia ou da semana, inflamação nas cordas vocais, laringite, nódulos nas cordas vocais.

Origem
O uso da voz por muitas horas seguidas, muitas vezes em tom elevado, pode causar danos sérios, somado ao excesso de trabalho reduz o tempo de descanso e lazer. As condições físicas de trabalho inadequadas, como salas de aula mal projetadas, ruído externo e interno a sala de aula, sala de professores com estrutura inadequada também são agravantes. Também é relevante dizer que falta de informações sobre cuidados com a saúde vocal na formação e atuação profissional.

Prevenção
§ Evite concorrer com ruídos que exijam aumento na intensidade vocal (carros, aviões, retroprojetor, ventilador, entre outros).
§ Evite sussurrar ou pigarrear.
§ Não fale enquanto escreve na lousa (para não aspirar o pó de giz).
§ Evite roupas pesadas e que apertem a região do pescoço e abdômen.
§ Beba regularmente água, em pequenos goles, quando estiver dando aulas.
§ Articule bem as palavras.
§ Mantenha uma alimentação saudável e regular (evite comidas gordurosas, chocolate, café ou bebidas com cafeína, bebidas gasosas e cigarro; coma maçã para limpar o trato vocal).
§ Na hora de acordar e levantar da cama, espreguice e faça alongamentos tentando relaxar. Utilize recursos em sala que aumentem a participação dos alunos e ajudem a poupar a voz.
§ Tenha alguns intervalos para descansar a sua voz.
§ Com orientação fonoaudiológica, faça exercícios de aquecimento e desaquecimento vocal.

Tratamento
Se tiver rouquidão ou outro dos sintomas por mais de 15 dias procure imediatamente um médico especialista para avaliação e tratamento específico. Doenças benignas costumam ser tratadas com fonoterapia e tratamento medicamentoso. A microcirurgia da laringe é indicada para a correção de doenças tumorais e nódulos.

Fontes: Fabiana Zambon, fonoaudióloga do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) e Jeferson Sampaio D’Avila, presidente da Academia Brasileira de Laringologia e Voz.


Dores musculares

Principais problemas
Lesões por esforços repetitvos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORTs). Os problemas ligados a postura, estresse e trabalho excessivo podem gerar casos de tendinite, bursite, dores na coluna, síndrome do túnel do carpo, varizes.

Origem

Os professores permanecem por muitas horas em pé, usando muitas vezes, no caso das mulheres, sapatos altos e inadequados. Os saltos altos podem gerar posturas inadequadas, como, por exemplo, a hiperlordose lombar. A posição em pé inadequada por muitas horas leva a sobrecarga e conseqüentes dores na coluna e fadiga muscular. A posição em pé por longos períodos também gera contração muscular estática, o que favorece a diminuição no fluxo sanguíneo e conseqüentemente surgem as varizes. As tendinites e bursites no ombro são ocasionadas por movimentos repetitivos quando o ombro fica flexionado acima de 90 graus devido a impactação das entre estruturas ósseas, musculares e tendineas o que também é conhecido como síndrome do impacto. O fato de o professor ter que corrigir muitas provas, preparar aulas, entre outros, faz com que apresente também problemas nos punhos como síndrome do túnel do carpo (compressão continua do nervo mediano na região óssea denominada região do carpo), no cotovelo como epicondilites e tendinites devido ao overurse (excesso de uso destas estruturas). Dores cervicais também podem ser geradas devido as posturas estáticas ou incorretas da cabeça (flexões do pescoço ou extensões) e tensionamento dos músculos cervicais.

Prevenção
Tudo depende da forma como o professor organiza e conduz os trabalhos diários em sala, mas há algumas recomendação gerais:

§ Adeqüe a carga horária de trabalho para que não se torne desgastante.
§ Crie e respeite momentos de descanso.
§ Evite sapatos com salto alto.
§ Mantenha uma postura adequada.
§ Evitar movimentos repetitivos.
§ Faça exercícios físicos regularmente.
§ Se tiver que segurar crianças pequenas no colo, não flexione muito a coluna.
§ Tenha cuidado com a quantidade de material que carrega.
§ Não escreva no quadro de maneira contínua.
§ Dê atenção a dores e sintomas e não deixe o corpo chegar ao limite.

Tratamento
Não ignore os sintomas. Quanto mais rápido procurar ajuda de um profissional que consiga verificar a amplitude do problema, mais fácil é reverter o quadro. Automedicação resolve os problemas de maneira pontual e não é o mais indicado.

Fonte: Rosimeire Simprini Padula, doutora em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos e coordenadora do Grupo Técnico – Prevenção de Lesões Músculoesqueléticas e Reablitação da Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo).


Transtornos mentais e comportamentais

Principais problemas
Os principais sofrimentos psíquicos estão ligados a ansiedade, insônia, angústia, desânimo, choro fácil, insegurança excessiva, tensão, estresse, depressão, síndrome do pânico e síndrome de burnout (o esgotamento físico e emocional).

Origens:

Podem ser desde situações pontuais (caso do estresse, que é a reação a uma situação inesperada) até fatores multideterminados. Há questões centrais como falhas na formação inicial, ausência da continuada, o excesso de tempo em sala e falta para o planejamento ou descanso e lazer, a desvalorização social, a violência, a difícil relação com os alunos e a dificuldade de retomar a autoridade em sala, a ausência de apoio institucional (tanto do lado da gestão do trabalho quanto da infra-estrutura), de apoio entre os pares e das famílias dos alunos.

Prevenção

1. O que as redes podem fazer
§ Avaliar os motivos que levam aos adoecimentos.
§ Qualificar o trabalho dos diretores e coordenadores pedagógicos.
§ Investir em formação continuada de qualidade.
§ Oferecer escolas com boa infra-estrutura básica (iluminação, temperatura e acústica adequadas, materiais pedagógicos), além de segurança preventiva.
§ Em conjunto com os atores educacionais, elaborar um currículo que dê norte ao trabalho em sala.
§ Valorizar formalmente o professor (por exemplo, com salários compatíveis ao que se espera dele, o que pode evitar que ele assuma outros turnos e empregos).

2. O que as escolas podem fazer
§ Fortalecer uma gestão democrática que favoreça as relações interpessoais.
§ Qualificar o tempo do trabalho em equipe.
§ Participar da gestão do aprendizado. Diretores e coordenadores ser co-responsáveis pelos resultados educacionais.
§ Aproximar a família da escola.
§ Participar da construção do currículo da rede.
§ Desenvolver um trabalho sistemático que discuta princípios, valores e regras para melhorar o relacionamento entre professores e alunos e entre todos na equipe escolar.
§ Avaliar constantemente as condições de trabalho da equipe e acompanhar os casos de adoecimento.

3. O que você, professor, pode fazer
§ Aposte em qualificação continuada para ficar melhor preparado diante das adversidades e também para ter maior segurança em sala de aula.
§ Participe da construção do currículo da rede ou da escola, assim como do projeto político pedagógico.
§ Aproxime a família da escola.
§ Trabalhe uma melhor convivência com os alunos, com apoio da escola.
§ Exija melhores condições de trabalho.
§ Pratique exercícios físicos, crie e respeite horários de descanso e lazer para uma melhor qualidade de vida.
§ Questione e tentar entender os problemas que o atingem e aprenda a lidar melhor com as dificuldades, sobretudo por meio das relações interpessoais e do trabalho em equipe.
§ Busque ajuda psicológica se necessário.

Tratamentos:

Depende do problema e do grau de desgaste. Os mais comuns são com psicoterapia e medicação temporária.

Fontes:
Beatriz Cardoso, do Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária (Cedac); Francisco Nunes Sobrinho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Gisele Levy, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Iône Vasques-Menezes, da Universidade de Brasília; José Manuel Esteve, da Universidade de Málaga (Espanha); Manoel Giovanetti, psicólogo que defendeu mestrado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; Maria Elizabeth Barros de Barros, da Universidade Federal do Espírito Santo; Mary Yale Rodrigues Neves, da Universidade Federal da Paraíba; Neide Nogueira, da equipe responsável pela elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs); Rosilene Ribeiro, da Secretaria Municipal de Educação de Petrópolis; Wanderley Codo, da Universidade de Brasília; Yves de La Taille, da Universidade de São Paulo.

Bullying

Bullying


A prática de violência entre pares:
O bullying nas escolas

1. Como podemos identificar os casos de violência entre pares?
Por meio da observação e da discussão sobre o comportamento individual dos alunos, os professores podem identificar os alvos e os agressores. As vítimas são alunos frágeis, que se sentem desiguais ou prejudicados, e que dificilmente pedem ajuda. Eles podem demonstrar desinteresse, medo ou falta de vontade de ir a escola, apresentar alterações no rendimento escolar, dispersão ou notas baixas. Além disso, podem ter sintomas de depressão, perda de sono e pesadelos. Normalmente recebem apelidos, são ofendidos, humilhados, discriminados, excluídos, perseguidos, agredidos, e podem ter seus pertences roubados ou quebrados.
Os agressores geralmente acham que todos devem fazer suas vontades, e que foram acostumados, por uma educação equivocada, a ser o centro das atenções. São crianças inseguras, que sofrem ou sofreram algum tipo de agressão por parte de adultos. Na realidade, eles repetem um comportamento aprendido de autoridade e de pressão. Tanto as vítimas, quanto os agressores, necessitam de auxílio e de orientação. Os demais alunos são os observadores da violência. Eles convivem com ela e se calam ou são ignorados em suas observações por pais e professores. Temem tornarem-se alvos, e podem sentir-se incomodados e inseguros.


2. Saiba o que fazer
Para se refletir sobre o bullying, é essencial promover a orientação, a conscientização e a discussão a respeito do assunto. Nem toda briga ou discussão deve ser rotulada como bullying, para não cairmos no extremo oposto da tolerância zero, que não vai permitir a estas crianças e jovens que estão em fase de desenvolvimento que aprendam a viver harmoniosamente em grupo. A diferença entre um comportamento aceito e um abuso às vezes é muito tênue, e cada caso deve ser observado e analisado segundo sua constância e gravidade.
Os alunos devem criar regras de convivência e discuti-las com a equipe pedagógica, buscando soluções e respeitando as diferenças de cada um. Os pais devem ser ouvidos e orientados a colocar limites claros de convivência, e ajudar sempre que souberem de algum problema sem aumentar ou diminuir a informação recebida.
Quando identificados um autor e uma vítima, ambos devem ser orientados. Seus pais devem ser alertados e estar cientes que seus filhos, agressor ou agredido, precisam de ajuda especializada. O comportamento dos pais diante deste comunicado é muito importante: não se deve cobrar o revide, nem intimidar ou agredir. Este é um momento de aprendizado para todos, e mostrar como se controlar, manter a calma e evitar comportamentos de violência é imprescindível

3. Considerações finais
O bullying acontece entre jovens e crianças de todas as classes sociais, e não está restrito a nenhum tipo determinado de escola. Por violência entre pares entende-se maus-tratos, opressão, intimidação e ameaças que ocorrem de forma intencional e repetida. Isso inclui gozações, apelidos maldosos e xingamentos que magoam profundamente a criança e podem causar sérios prejuízos emocionais, como perda de auto-estima e exclusão social. Mas precisamos tomar cuidado para não patologizarmos os casos de violência entre pares. Temos observado em nossa pesquisa que, esporadicamente, algumas crianças fazem brincadeiras inofensivas e se utilizam de palavras e de comportamentos não adequados durante suas brincadeiras, e isto nem sempre pode ser caracterizado como bullying. É preciso avaliarmos a intensidade e o significado dessas atitudes. A observação constante e a parceria entre escola e família são cruciais para a possível eliminação de tais comportamentos.

Rosana Maria César del Picchia de Araujo Nogueira

As Tecnologias e a Educação

Tecnologias na EducaçãoÉ inquestionável a presença das tecnologias na educação atual. Cada vez mais se faz necessário uma mudança de mentalidade entre pais e educadores, que devem aprender a utilizar esses recursos como ricos auxiliares na formação de nossas crianças.
Ao educador cabe o papel de conhecer bem a realidade onde atua e capacitar-se para a utilização correta dos recursos tecnológicos, que estão presentes não só na escola como na casa dos alunos. Caso os recursos não sejam bem explorados ou utilizados de forma inadequada, o educador estará apenas utilizando uma nova roupagem para o ensino tradicional.
Certamente um dos meios de comunicação mais presentes na casa de cada cidadão é a televisão. Segundo alguns pensadores da Educação esse recurso é um grande agente de democratização da cultura e da informação, mas se mal utilizado pode causar grandes prejuízos, principalmente nos telespectadores mirins. É fundamental que exista um controle do tipo de programação, horários e tempo de exposição que nossas crianças ficam frente a esse recurso tecnológico. Alguns programas são carregados de cenas de violência e sexo que de nada contribuem para a formação adequada das crianças, tanto a família quanto os educadores devem estar atentos, não negando a existência desses fatos, mas questionando seus aspectos negativos junto às crianças.
Ao realizar uma pesquisa em uma escola de Ensino Fundamental e Ensino médio pude constatar que muitas famílias não impõe limites as crianças, deixando que fiquem expostas durante muito tempo frente a televisão, sem nenhum controle sobre o tipo de programação que seus filhos assistem. Ao constatar essa realidade percebi mais uma vez a necessidade de família e escola caminharem juntos, cada um desempenhando seu papel dentro do processo educativo.
Um excelente parceiro junto à televisão é o vídeo, um recurso muito utilizado em sala de aula, a maioria das escolas está equipada para sua utilização. O educador deve ter clareza em seus objetivos, aplicando o vídeo a ser exibido relacionado aos conteúdos a serem trabalhados. O ideal é que o professor assista com antecedência o filme a ser exibido, podendo assim verificar se alguma cena ou sua linguagem pode ser inadequada, estudando o seu conteúdo para reforçar os aspectos mais importantes. Infelizmente a realidade nos mostra que muitas vezes o vídeo é utilizado como “tapa buracos”, perdendo assim todo seu valor pedagógico.
Todo recurso é muito rico se for bem utilizado, até mesmo uma aula com retro-projetor, um recurso simples, que traz uma série de possibilidades. Ao elaborar as lâminas o professor deve ter cuidado para não utilizar textos muito longos, a escrita deve ser clara e ser utilizado seu conteúdo como esquema do que vai ser explicado.
Um dos recursos mais ricos é o computador, que está muito presente na atualidade. O processo de informatização cresce com muita rapidez, o educador tem como responsabilidade preparar seus alunos para sua utilização em sociedade. São imensas as possibilidades pedagógicas que oferece esse recurso: jogos que desenvolvem o raciocínio lógico, construção de textos, produção de músicas, etc. Muitas de nossas escolas ainda não estão preparadas para a informatização na educação, mesmo as que possuem esse espaço de trabalho ainda enfrentam a resistência de seus profissionais.
Durante minha observação percebi um espaço rico em recursos como, sala de vídeo equipada com tv, vídeo, DVD, TV Escola, retro- projetor, aparelhos de som. A escola também possui sala de informática, laboratório de aprendizagem com diversos jogos pedagógicos. Embora esse ambiente seja rico em possibilidades devido aos seus recursos, nem sempre são utilizados de forma adequada.
Não podemos negar a presença das tecnologias na nossa vida atual. Cabe a todos, família e educadores, desempenhar seu papel frente a esses recursos, contribuindo para a formação de nossas crianças e adolescentes, preparando-os para o pleno exercício da cidadania.
Angela Becker

O mundo dos livros

"Como é conveniente e agradável o mundo dos livros! - se não se atribuir a ele as obrigações de um estudante, nem considerá-lo um sedativo para a preguiça, mas entrar nele com o entusiasmo de um aventureiro!"( D. Grayson )

Mensagem para os professores



























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